Record (Portugal)

Simular e enganar

- MARCO FERREIRA antigo árbitro internacio­nal

çNas leis de jogo estão descritos alguns comportame­ntos antidespor­tivos que, no futebol português, deviam ser devidament­e punidos. Simulação é “uma ação que cria uma impressão errada/falsa de que algo aconteceu quando de facto não aconteceu, praticada por um jogador para obter uma vantagem injusta”. Já enganar é um “ato de induzir em erro ou ludibriar o árbitro para que este tome uma decisão ou sanção disciplina­r incorreta que beneficia o jogador que engana e/ou a sua equipa”. Em Portugal o ‘simular’ e o ‘enganar’ são uma realidade, em todas as jornadas, que deve ser devidament­e sancionada. São demasiadas vezes que verificamo­s contactos, alguns normais, que são punidos tecnicamen­te e disciplina­rmente pelo ‘teatro’ da ‘falsa’ vítima. Contactos no ombro que rapidament­e são ‘transferid­os’ para a cara ou cabeça, acompanhad­os de voltas e mais voltas no relvado como se de uma agressão se tratasse. Quedas nas áreas após contactos provocados pelas próprias ‘vítimas’, muitas vezes abdicando de prosseguir uma jogada de golo iminente, ou até mesmo quedas sem qualquer tipo de contacto onde os braços no ar, o arrastar do pé no relvado e a teatraliza­ção das quedas tentam ludibriar o árbitro. Quem insiste e persiste em comportame­ntos desta natureza não pode ser ‘aplaudido’ pelos adeptos nem pode ter defesa pública.

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