Record (Portugal)

Responsabi­lidade social

- José Miguel Sampaio e Nora Advogado

A ascensão ao poder dos talibãs no Afeganistã­o e a forma como (des)tratam as mulheres, sem qualquer dignidade ou respeito, criou uma onda de indignação e solidaried­ade em torno desta situação e o desporto (futebol incluído) não foi excepção, sobretudo porque tal facto aboliu, ainda, qualquer prática desportiva aos elementos do sexo feminino.

Mas a história demonstra que o futebol não tem estado alheio à responsabi­lidade social. Todos nós recordamos o patrocínio da UNICEF na camisola do Barcelona, mas mais recentemen­te temos conhecimen­to de outras situações semelhante­s, desde o financiame­nto da reconstruç­ão das casas destruídas

A CRISE DERIVADA DA PANDEMIA FOMENTOU AINDA MAIS PRÁTICAS DE SOLIDARIED­ADE

pelos incêndios, das campanhas de sensibiliz­ação para o cancro da mama, ou mesmo a permissão às equipas que competem nas provas europeias de disporem de um espaço adicional na sua camisola para publicitar acções relacionad­as com estas práticas. Mas desenganem-se os que acham que não há campanhas de solidaried­ade levadas a cabo por sociedades desportiva­s de forma isolada e para com aqueles que lhes estão mais próximos. A crise derivada da pandemia fomentou ainda mais práticas desta natureza.

Por fim e além do essencial, que é ajudar quem mais precisa, diversos estudos de impacto económico demonstram que cada euro investido em campanhas de responsabi­lidade social gera, em média, um retorno sete vezes superior.

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