Record (Portugal)

“Amorim está sempre a picar” Antigo ‘10’ que não pára no vermelho

Lembrar passado difícil do clube é, diz o central, a fórmula do treinador para motivar o grupo

- BRUNO FERNANDES E VÍTOR ALMEIDA GONÇALVES

Em agosto passado, depois de uma vitória (2-0 para a Liga Bwin) contra o Belenenses SAD – era a quarta seguida, em outros tantos jogos e já com uma Supertaça no bolso –, Rúben Amorim descia ao Auditório do José Alvalade e no rescaldo sublinhava que gostou da forma como a equipa “não facilitou”, reflexo de uma ideia insistente­mente transmitid­a pela equipa técnica, a de que a paz no Sporting “custou muito”. Não foram, de todo, palavras ‘da boca para fora’, pois ontem, no mais recente episódio do ‘ADN de Leão’, o defesa Matheus Reis reforçou esta fórmula; o campeão nunca anda relaxado, atirou no podcast.

“É fácil estarmos motivados quando estamos a ganhar. E claro que vamos ter desafios, numa época com muitos jogos – quarta-feira e domingo. Pode acontecer uma fase ‘ruim’, mas é aí que se vê um grande grupo e isso é trabalhado com o míster. Está sempre a ‘picar’ e a motivar-nos com o que passámos. Eu não estava aqui [no Sporting], mas o passado recente foi muito difícil e ele está sempre a lembrar-nos disso”, revelou,

Num plano mais descontraí­do, Matheus Reis, atualmente com 26 anos, revelou que até aos juvenis, no São Paulo, era médio-ofensivo. Passou, depois, para ‘trinco’ e só com 18 anos se afirmou a lateral-esquerdo – hoje, no Sporting, joga tanto na ala como a central. Apesar de o ponto final da carreira ainda estar longe, Reis, nome de guerra no Sporting, pondera retirar-se na sua cidade – São Paulo, precisamen­te. “Não posso dizer que seja seguro. À noite, não páro nos semáforos!”

deixando, assim, uma garantia aos adeptos: “Isso é uma motivação gigantesca. Podem ficar tranquilos, porque o que nos diferencia é a união. Sabemos que estamos ali, um pelo outro, a ‘segurar a bronca’; sinto que faço parte de um grupo onde há uma hierarquia, mas onde todos têm liberdade para falar.”

“SINTO QUE FAÇO PARTE DE UM GRUPO ONDE HÁ HIERARQUIA, MAS ONDE TODOS OS ATLETAS TÊM LIBERDADE PARA FALAR”

Verde nem sempre de sorte

Antes de rumar a Alvalade, mas já em Portugal, Matheus vestiu sempre de verde e branco, primeiro no Moreirense e depois no Rio Ave, clubes onde nem sempre foi bafejado pela sorte. “No Moreirense, o treinador [Sérgio Vieira] ligou-me – e atenção que hoje sou amigo dele –, disse que precisava de um lateral-esquerdo, mas em meia época fiz dois jogos, a extremo. No Rio Ave, antes de vir para o Sporting, estava parado, só corria à volta do campo. Cinco meses. Mas fortaleci-me no ginásio, com um ‘PT’, e cheguei aqui muito bem”, explicou.

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MUITA BOLA. Matheus Reis elogiou liderança de Coates e Neto, e revelou início no futsal

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