Record (Portugal)

Empates imperam na prova com o Vizela a ser especialis­ta

- NÚMEROSDAL­IGA Luís Avelãs

Quando uma partida arranca, a ideia das duas equipas é ganhar. E mesmo sabendo-se que, em determinad­os embates, o favoritism­o pende de forma clara para um dos lados, ninguém entra derrotado em campo. E aqui e ali acontecem surpresas, como se viu recentemen­te na Luz, onde o líder Benfica (apesar de ter rematado 24 vezes, o seu máximo na época), acabou derrotado pelo Portimonen­se, emblema que jamais tinha triunfado no ninho da águia em jogos referentes ao campeonato.

Mas, se vencer é o objetivo, não perder é a meta seguinte. E esta época, em Portugal, os empates estão a surgir com regularida­de inesperada. Mais ainda se tivermos em conta que após as três primeiras jornadas (27 jogos), contávamos somente três igualdades. Desde então, em cinco rondas (45 partidas), acontecera­m mais... 23! Feitas as contas, nesta altura há mais jogos que terminaram empatados (26, a que correspond­em 36, 11% dos 72 duelos realizados) do que com vitórias caseiras (24) ou forasteira­s (22). É uma tendência estranha, nada condizente com o habitual. Porém, os dados das últimas temporadas já indiciavam evidente declínio dos triunfos dos visitados (em 2017/18 foram 158, enquanto em 2019/20 e 20/21 se ficaram pelos 126 e 127, respetivam­ente), não em prol dos visitantes, mas sim dos empates.

Esta época, o 1-1 (11 vezes) é o desfecho mais típico, seguindo do 2-2 e 1-2 (8) e do 0-0 e 2-1 (7). São três empates no ‘top 5’, sendo

NOS 72 JOGOS JÁ REALIZADOS, TIVEMOS 26 IGUALDADES, 24 VITÓRIAS CASEIRAS E 22 TRIUNFOS FORASTEIRO­S

que só há um resultado favorável às equipas da casa nos mais regulares. O tradiciona­l 1-0, que se viu em 34 ocasiões em 2020/21, só ainda surgiu... duas vezes!

O Vizela, com cinco igualdades seguidas (três 1-1) é –até ver – o grande especialis­ta dos empates na competição, enquanto Benfica e Tondela são os únicos emblemas que ainda não empataram. *

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