Rui Costa sai por cima
Um debate quente, intenso, com picardias e muito mais rasgadinho do que seria expectável, mas carente de novas ideias ou de algum trunfo que pudesse abalar as tendências. Desde que Manuel Vilarinho e Vale e Azevedo se degladiaram, a 25 de outubro de 2000, que uma corrida presidencial ao Benfica não era marcada por um debate. Rui Costa sai por cima do despique com Francisco Benitez, mas o facto é que sempre esteve por cima. Sente-se à vontade no futebol, o capítulo que mobiliza os adeptos, mas o seu interlocutor ganhou embalo apoiado no facto de o tema de abertura, a transparência, ser o seu pilar de campanha. Ouviu-se um Rui Costa instintivo, aberto ao improviso e à emoção, falando mais 8’ que o rival e criticando Benitez por recorrer ao papel quando trabalhou com um presidente que lia os discursos. “Quero tudo limpinho, quero tudo claro”, prometeu o Maestro, com o elemento do Servir o Benfica a garantir que não se calará no escrutínio à direção eleita: “Não esteja à espera que eu seja conivente e subserviente como foi...”
Rui Costa
revelou ainda ter recusado “prémios de campeão como administrador por opção própria” e irritou-se com Benitez pela boca de café sobre poder ter voltado mais cedo ao Benfica quando o Milan o contratou por... 43 milhões.