ESTÁ DE VOLTA A LIGA DO CAMPEÃO MUNDIAL
Treinadores de Sporting e Benfica conversaram com Record e os objetivos são os mesmos: ganhar!
Aí está a edição 2021/22 da Liga Placard, um dos melhores campeonatos de futsal do planeta e agora com o ‘selo’ de país campeãodoMundo.O Sporting, vencedor de tudo o que havia para ganhar em 2020/21, e o Benfica, sedento de recuperar os títulos perdidos, posicionam-se, mais uma vez, como os principais candidatos ao trono e, nesse sentido, Record conversou com os dois treinadores sobre o que aí vem. E uma coisa é certa, a palavra de ordem em ambos os clubes é apenas uma: ganhar.
“FAZER MELHOR DO QUE AQUILO QUE FIZEMOS NA ÚLTIMA ÉPOCA? SÓ SE INVENTAREM OUTRA COMPETIÇÃO NUMA OUTRA GALÁXIA...” NUNO DIAS, treinador do Sporting
“ESTOU HÁ POUCO TEMPO NO CLUBE MAS O SUFICIENTE PARA PERCEBER A EXIGÊNCIA E O QUE SIGNIFICA PERTENCER AO BENFICA” PULPIS, treinador do Benfica
“Fazer melhor do que aquilo que fizemos na última época? Só se inventarem outra competição numa outra galáxia”, brincou Nuno Dias quando lhe perguntámos sobre os objetivos do Sporting. A Liga dos Campeões é, claro, um deles. “Vamos gerir fase a fase. Em primeiro lugar temos a Main Round, com equipas equilibradas. Queremos passar em 1º lugar porque isso leva-nos a ser cabeças de série na Ronda de Elite. Depois pensaremos no resto”, atirou o técnico, de 48 anos. Nos encarnados, José María Mendéz, conhecido por Pulpis, também aponta ao sucesso dentro de portas e lá fora. O técnico espanhol, de 47 anos, que chegou à Luz para o lugar de Joel Rocha, já tem uma certeza: “Estou há pouco tempo no clube mas o suficiente para perceber a exigência e o que significa pertencer ao Benfica. Há duas provas muito importantes: a Liga Placard e a Champions. Vamos trabalhar para conseguir esses títulos.” Pulpis tem a noção de que “o início não será fácil”, pois “a pré-época foi condicionada pelo Campeonato do Mundo”, mas garante: “Queremos lutar por todos os títulos no final da temporada.” Algo que Nuno Dias também estabelece como meta, ou não fosse o Sporting o detentor de todos eles: “Quem está neste clube não pode pensar de outra forma!”
Reforços
Outra questão que colocámos aos técnicos diz respeito aos reforços mas Nuno Dias preferiu olhar de outra perspetiva: “O nosso melhor reforço foi termos mantido o núcleo de uma equipa ganhadora e ambiciosa, que é a base da Seleção campeã mundial. Saiu o Taynan e entrou o Caio Ruiz, que vai afirmar-se, e o Waltinho veio para o lugar do Rocha. Procurámos jogadores com talento para posições importantes, como o Miguel Ângelo, que conhecemos bem e que tem características de que gostamos.”
Pulpis também não se escusou a analisar as caras novas das águias e deixou especiais elogios a um miúdo de 19 anos que chegou do Caxinas e que se lesionou com gravidade em setembro. “Não digo que o Carlinhos é o futuro do futsal português. É o presente! Tem um potencial incrível e surpreendeu-me muito na pré-época. Foi uma pena ter sofrido aquela lesão”, lamentou o espanhol, antes de falar dos outros reforços: “O Rômulo é um jogador com muita experiência e forte fisicamente e pode ser um líder. E temos boas referências do Bruno Cintra, que pode dar-nos coisas diferentes daquelas que já temos.”
Seleção dá responsabilidade?
E será que o título mundial conquistado por Portugal vai ser um peso nos ombros dos intervenientes da Liga Placard, que agora, mais do que nunca, estará sob o olhar atento dos adeptos? “Não me traz mais pressão do que aquela que coloco em mim. É difícil este título aumentar mais a responsabilidade que já temos no Sporting”, atira Nuno Dias de forma taxativa. Quanto a Pulpis, nasceu em Espanha, outro país
ligado ao futsal, mas só tem elogios a fazer a Portugal: “Antes deste título já havia um grande respeito pelo futsal português. É reflexo do trabalho realizado ao longo dos últimos anos.”