“Se assim não fosse daria mau exemplo”
Veterano começa hoje mais uma época e diz que vai lutar com o filho pela titularidade na equipa
Miguel Maia já perdeu a conta aos anos que joga voleibol, iniciando hoje mais uma temporada, agora na Ac. Espinho e com 50 anos. “Ora bem, não sei bem se é esta vai ser a minha 35ª ou 36ª época. Sei que o último jogo pela Ac. Espinho foi quando fomos campeões nacionais, em 1989/90”, começou por nos diz o veterano jogador, que regressa à equipa que o viu nascer para a modalidade, tinha sete anos. “Estou muito feliz por jogar agora com o meu filho e com o meu sobrinho, na equipa onde também jogou o meu pai. Que foi ainda seccionista e diretor, andou com o barco às costas”, acrescenta Miguel Maia.
O filho, Guilherme Maia, tem 19 anos, e joga na mesma posição, distribuidor, tal como Bruno Gonçalves. Está preparado para
O PAI, COM 50 ANOS, E O FILHO, GUILHERME MAIA, COM 19, JOGAM NA MESMA POSIÇÃO (DISTRIBUIDOR) NA AC. ESPINHO
lutar com o descendente para ser a opção da equipa técnica?
“Estou preparado para ser suplente, mas vou lutar pela titularidade. Se assim não fosse estaria a dar-lhe [filho] um mau exemplo”, justifica Miguel Maia, que também tem como colega o sobrinho Miguel Maia Sá (líbero). O regresso de Miguel Maia à ‘casa de partida’ não implica que a época que hoje inicia – a Ac. Espinho visita a Ac. São Mamede na 2ª jornada da Liga Una, sendo que o jogo com o Benfica referente à 1ª foi adiado –, seja a última da carreira. “Obviamente que estou consciente da idade que tenho e do que já fiz. Mas ainda me sinto com capacidade para ajudar a equipa. Mas é uma possibilidade que seja a última época. A certeza que tenho é que terminarei a carreira na Ac. Espinho, mas reservo uma percentagem para decidir, consoante a condição física”.
Objetivo: oito primeiros
No regresso à 1ª Divisão, a Ac. Espinho tem como objetivo “ficar nos oito primeiros”, refere Miguel Maia que, além de jogador, é também diretor desportivo de um projeto que parece ser já um sucesso. “Conseguimos esta época já passar o dobro dos atletas que o clube tinha o ano passado o que por si só é uma aposta ganha”.
*