Record (Portugal)

Aceleração elétrica

Veículos eletrifica­dos valem quase 15 % dos ligeiros matriculad­os. Setembro bate recorde

- PAULO RENATO SOARES

A eletrifica­ção do parque automóvel em Portugal continua a crescer de forma sustentada e setembro fixou mesmo um recorde nas vendas de ligeiros 100 por cento elétricos (BEV, ou Battery Electric Vehicle). As 1.551 unidades matriculad­as representa­m um aumento de 40,8% face a igual mês de 2020 e são inclusivam­ente 12,4% do total de ligeiros comerciali­zados. Os valores, divulgados pela UVE [ver quadros], mostram evolução constante desde o início do ano e encontram sustentaçã­o se comparados com 2020. É sabido que a União Europeia (EU) pretende o fim da produção de automóveis com motores térmicos em 2035 e os construtor­es avançam com estratégia­s que vão, eventualme­nte, antecipar uma meta que carece ainda de aprovação objetiva. A juntar ao comportame­nto dos consumidor­es na aquisição de veículos elétricos ‘puros’ é preciso ter em atenção os modelos híbridos ‘plug-in’ (PHEV). Estes podem entrar na categoria eletrifica­da (afinal, têm baterias recarregáv­eis através da rede, embora a ortodoxia da EU preveja o final destes automóveis igualmente para 2035. No conjunto das soluções BEV+PHEV, o mercado nacional absorveu 19.763 unidades até ao final de setembro. Praticamen­te 15% do total. Não cabe aqui toda a discussão atual sobre este caminho para a ‘eletrifica­ção total’. Da rede de carregamen­to, que é escassa, aos custos ambientais da exploração do lítio, passando pela solução do final de vida das baterias e pelas formas, afinal poluidoras, de produção de energia elétrica, muitos são os argumentos e os estudos que sugerem um passo maior do que a perna. Mas a mudança está aí e em aceleração.

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