Entrada demolidora
Portugal venceu o Luxemburgo por 5-0 num jogo de sentido único e sem grande discussão quanto ao vencedor final. Uma entrada demolidora da Seleção Nacional que não permitiu aos luxemburgueses esboçarem uma reação.
A equipa portuguesa procurou
desde o primeiro minuto atacar com grande intensidade e mobilidade, provocando erros do lado contrário. Sem bola, a reação à perda e a pressão foram muito incisivas,
MESMO COM A MARGEM EXPRESSIVA NO MARCADOR, A PRESSÃO ALTA DA SELEÇÃO FOI SEMPRE CONSTANTE
não permitindo espaços para o Luxemburgo sair em ataques rápidos. Um dos jogadores que esteve em destaque no primeiro tempo foi Bernardo Silva pela sua capacidade para ligar o jogo, mas acima de tudo a capacidade para desequilibrar desde o corredor direito. O extremo português sofreu o penálti que deu origem ao 1-0 e assistiu Bruno Fernandes para o 3-0 depois de entrar na área, fixar os adversários e no momento certo lançar no espaço o médio português [1].
A margem da vitória foi construída desde cedo, com Portugal a vencer por 3-0 desde os 18 minutos. Mesmo com a margem expressiva, a pressão alta foi sempre constante, obrigando o Luxemburgo a largar muito rapidamente a bola, com a equipa nacional a recuperar várias posses ainda no seu meio campo defensivo. Quando a seleção contrária saía em transições, o conjunto orientado por Fernando Santos conseguiu baixar o seu bloco, formar um 4-5-1 e não conceder espaços ao Luxemburgo para jogar entre linhas e explorar a velocidade nos corredores laterais. Uma forte coesão defensiva e compromisso no momento sem bola [2].
No segundo tempo e com a vitória confortável, o ritmo da partida baixou e o Luxemburgo chegou mais vezes à baliza de Rui Patrício. Portugal soube reduzir a intensidade e baixar as suas linhas, aproveitando o maior balanceamento ofensivo da seleção de Luc Holtz. A maior exposição ao erro através da desorganização defensiva do Luxemburgo fez com que Portugal tenha conseguido criar oportunidades sem forçar muito, nomeadamente através de cruzamentos para as costas da linha defensiva. Ronaldo apontou dois golos de penálti na primeira parte e perto do fim ainda apareceu a finalizar para fazer o hat trick na sequência de um cruzamento bem medido de Rúben Neves [3].