Record (Portugal)

Entrada demolidora

- Francisco Gomes da Silva

Portugal venceu o Luxemburgo por 5-0 num jogo de sentido único e sem grande discussão quanto ao vencedor final. Uma entrada demolidora da Seleção Nacional que não permitiu aos luxemburgu­eses esboçarem uma reação.

A equipa portuguesa procurou

desde o primeiro minuto atacar com grande intensidad­e e mobilidade, provocando erros do lado contrário. Sem bola, a reação à perda e a pressão foram muito incisivas,

MESMO COM A MARGEM EXPRESSIVA NO MARCADOR, A PRESSÃO ALTA DA SELEÇÃO FOI SEMPRE CONSTANTE

não permitindo espaços para o Luxemburgo sair em ataques rápidos. Um dos jogadores que esteve em destaque no primeiro tempo foi Bernardo Silva pela sua capacidade para ligar o jogo, mas acima de tudo a capacidade para desequilib­rar desde o corredor direito. O extremo português sofreu o penálti que deu origem ao 1-0 e assistiu Bruno Fernandes para o 3-0 depois de entrar na área, fixar os adversário­s e no momento certo lançar no espaço o médio português [1].

A margem da vitória foi construída desde cedo, com Portugal a vencer por 3-0 desde os 18 minutos. Mesmo com a margem expressiva, a pressão alta foi sempre constante, obrigando o Luxemburgo a largar muito rapidament­e a bola, com a equipa nacional a recuperar várias posses ainda no seu meio campo defensivo. Quando a seleção contrária saía em transições, o conjunto orientado por Fernando Santos conseguiu baixar o seu bloco, formar um 4-5-1 e não conceder espaços ao Luxemburgo para jogar entre linhas e explorar a velocidade nos corredores laterais. Uma forte coesão defensiva e compromiss­o no momento sem bola [2].

No segundo tempo e com a vitória confortáve­l, o ritmo da partida baixou e o Luxemburgo chegou mais vezes à baliza de Rui Patrício. Portugal soube reduzir a intensidad­e e baixar as suas linhas, aproveitan­do o maior balanceame­nto ofensivo da seleção de Luc Holtz. A maior exposição ao erro através da desorganiz­ação defensiva do Luxemburgo fez com que Portugal tenha conseguido criar oportunida­des sem forçar muito, nomeadamen­te através de cruzamento­s para as costas da linha defensiva. Ronaldo apontou dois golos de penálti na primeira parte e perto do fim ainda apareceu a finalizar para fazer o hat trick na sequência de um cruzamento bem medido de Rúben Neves [3].

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