VERBA DO DESPORTO DESAGRADA AO COP
José Manuel Constantino volta a ser crítico, agora em referência aos 0,045% destinados ao setor
José Manuel Constantino tem sido o dirigente que mais tem criticado as políticas do Governo para o Desporto, e desta vez sobre as verbas que estão destinadas ao setor no Orçamento de Estado, entregue na segunda-feira no Parlamento. “O Governo continua indigentemente a tratar o desporto de maneira inaceitável. [...] Eu imaginava, porventura ingenuamente, que iríamos ver uma proposta com outra robusteza, e encontramos uma proposta que repõe o valor retirado no ano anterior”, referiu à Lusa o presidente do Comité Olímpico de Portugal, referindo-se aos 0,045% destinados ao setor. Em comunicado, o COP explica, por sua vez, que “a dotação agora prevista para o Desporto, ainda que superior à de 2020, recoloca o setor com níveis de financiamento precários, sendo que 85% do financiamento tem origem em receitas próprias através das transferências dos Jogos Sociais e só os restantes 15% por outras fontes de financiamento”. Ainda segundo o COP, “no que tange à melhoria do Programa de Preparação Olímpica”, agora para Paris’2024, o relatório
“O GOVERNO CONTINUA INDIGENTEMENTE A TRATAR O DESPORTO DE MANEIRA INACEITÁVEL”, DISSE JMC
“apresenta uma proposta de despesa consolidada no setor do desporto no valor de 43,1 milhões de euros”, que corresponde a aumentos de 3,1 milhões em relação a 2021 e 2,1 milhões para 2020, mas “menos 6,9 milhões do que em 2019”.
Seja como for, Constantino manifestou “esperança” e vontade de “trabalhar” com o Governo para que o documento final ainda possa “corrigir a situação gravosa do Orçamento do Estado apresentado”.
O líder do COP esperava um reforço no apoio, até depois dos melhores Jogos Olímpicos de sempre e quando se está a apenas três anos dos próximos. “A generalidade dos países europeus dá sinais de reforço do atual ciclo olímpico”, enquanto Portugal prossegue uma situação “manifestamente insustentável”. *