Record (Portugal)

Já agora, um Mundial todos os anos

- Eládio Paramés HORA DO CHÁ

çA FIFA continua a ‘guerrear’ contra os clubes, perante a passividad­e da UEFA e de alguma federações, cuja indiferenç­a perante os prejuízos dos clubes é espantosa.

Infantino, presidente da

FIFA, concedeu mais dois dias, passando para onze aqueles em que os jogadores podem estar nas selecções sul-americanas. Assim, há clubes que apenas terão disponívei­s os seus profission­ais hoje, sexta-feira, já que apenas ontem foram realizados alguns dos jogos a contar para o apuramento do Mundial do Qatar. Com jogos à quinta-feira e na madrugada de sexta nas ‘Américas’ e os clubes europeus a jogarem provas nacionais ao sábado e domingo, estes são prejudicad­os. Estranha-se que as federações nacionais não se tenham oposto. Infantino esteve-se nas tintas para os clubes e fez o favor às federações sul-americanas. E esqueceu a promessa de que os últimos jogos deste apuramento seriam sempre à terça-feira, possibilit­ando aos clubes terem de volta os seus ‘internacio­nais’ no dia seguinte e não 48 horas depois. Mas como os votos são importante­s para a próxima eleição…

O ataque não se fica por aqui. A peregrina ideia de os Mundiais se disputarem de dois em dois anos é, para Infantino, uma quase certeza. A FIFA pensa em receitas, mas veremos se federações, clubes e jogadores concordam com estas ‘inovações’.

Os jogos de Portugal contra Qatar e Luxemburgo eram uma oportunida­de para lançar ‘miúdos’. Se não serviu para isto, serviu para Ronaldo marcar mais golos, bater recordes e ficarem todos felizes.

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