Sauditas e a compra de clubes
A Liga de Futebol Inglesa aprovou a aquisição do Newcastle por um fundo saudita. O clube foi vendido ao dito grupo, com efeito imediato, pois a Premier League recebeu garantias que proíbem legalmente o Reino da Arábia Saudita de controlar o clube. Nem sequer se pode atestar isto, mas continuemos a compilação cinematográfica. Nem nos passaria pela cabeça que o PSG ou City fossem pertença dos Emirados ou Qatar.
Al-Rumayyan está extremamente orgulhoso
de ser o novo dono do Newcastle. Quem agradece a operação é a PCP Capital Partners, de Amanda Staveley, pois concluiu uma operação que estava fechada em finais de 2018. A compra fechou-se em 300 milhões de libras (350 milhões de euros ). O mesmo valor de 2018. A compra/ venda não se fez nessa altura, pois a Amnistia Internacional informou a Premier League, que, Mohamed Bin Salman, não respeita os direitos humanos, das mulheres e que os xiitas continuam a ser perseguidos e presos, ‘executando’ julgamentos grosseiramente injustos.
Não se deve permitir
que pessoas envolvidas em graves violações dos direitos humanos entrem no futebol (ou nas nossas vidas), simplesmente porque têm os bolsos cheios, alegavam os ativistas. Porém, todas as pugnas têm outras perspetivas: acredito que Peter Lim, Abramovich, Al Thani, Uzmanov, Rybolovlev, Savvidis, Mansour, Khelaifi, Mateschitz, Agnelli, Kroenke, Jindonk ou Chuangchang, e tantos outros, não tenham tido comportamentos que a Amnistia Internacional possa condenar. Será?! Melhor é deixar as hipocrisias políticas. Porque o futebol é alegria, paixão e … golo; e que o Tribunal de Haia faça o seu trabalho.