ASSALTO À PROFUNDIDADE
O Sporting partiu para a mais longa viagem que terá pela frente na Liga dos Campeões, mas mesmo a milhares de quilómetros de distância é verdade que há sempre um português em cada canto e pronto a ajudar. Neste caso, o leão conta com a mão preciosa de Marco Paixão, avançado de 37 anos do Altay, equipa recém-promovida à Superliga e apenas uma de duas que esta época derrotou o Besiktas na Turquia, além do Basaksehir. A receita é prescrita para Paulinho e companhia e, claro, à boleia de Record. “Contra nós, os centrais titulares, o Montero e o Vida, não jogaram. São os dois muito bons, fortes fisicamente. Do que conheço da equipa, diria que a melhor tática para o Sporting é explorar os movimentos nas costas da defesa do Besiktas”, frisou o português veterano, suplente utilizado na vitória, por 2-1, de há três semanas. Desde então, as águias negras voltaram na última sexta-feira, no dérbi de Istambul com o Basaksehir (2-3), e Paixão acredita que podem, por isso, entrar “mais nervosos” amanhã. “Jogam em casa e vão estar pressionados pelos adeptos. A equipa que marcar primeiro pode vencer. Começaram bem o ano, mas é importante saber que passaram por uma fase complicada, tiveram quase 15 jogadores lesionados, e baixaram de forma. Têm regressado aos poucos”, explica.
Bósnio tem a batuta
Pjanic foi uma das baixas recentes – lesionou-se precisamente contra o Altay –, mas já recuperou e foi guardado pelo técnico Sergen Yalçin para o confronto com os leões. E Paixão vê no médio bósnio o ‘jóquer’ dos turcos.
DESAIRE (2-3) RECENTE CONTRA O BASAKSEHIR PODE DEIXAR OS JOGADORES “NERVOSOS”, MAIS AINDA EM CASA, EXPLICA-NOS
“O Pjanic é o jogador fundamental do Besiktas, é ele quem controla o jogo todo, dita os tempos. Pode fazer passes de 30 metros entre linhas e isolar o avançado. São fortes sobretudo se ele jogar. E depois o Batshuayi também é uma referência, é outro nome a ter em conta”, vinca, admitindo que a lotação restrita a 50 por cento do Vodafone Park “pode ser uma vantagem enorme para o Sporting, porque a pressão dos adeptos é impressionante. Para eles o futebol é tudo.” *