MUITA VONTADE E POUCA PONTARIA
Golo de penálti garantiu a passagem do Estoril contra um adversário que fez por merecer mais
Seguiu em frente a equipa que teoricamente entrou em campo como favorita neste duelo entre adversários de escalões diferentes. A lógica funcionou neste caso em particular mas parte da explicação esteve na ineficácia do Felgueiras, que não materializou as várias oportunidades que teve em toda a partida, o que viria a ser decisivo. O Estoril entrou com um onze muito diferente do que havia defrontado o Gil Vicente para a Liga Bwin (mantiveram-se apenas André Franco, Patrick William e Rosier), numa aposta arrojada de Bruno Pinheiro que funcionou, uma vez que o objetivo foi conseguido. Aliás, o único ponto positivo que o treinador retirou deste jogo foi mesmo o resultado, porque a exibição foi demasiado penosa para uma equipa que joga no principal escalão.
Os felgueirenses não se atemorizaram com o rótulo, entraram decididos em provar que também se joga bem na Liga 3 e conseguiram essa missão. Assistiu-se a uma equipa a pressionar alto, sempre à procura da bola e a cortar os espaços ao adversário na zona intermediária, o que dificultou, e de que maneira, a tarefa do Estoril. Ainda assim, seriam os canarinhos a chegar ao golo, na transformação de um penálti a castigar uma falta sobre Rosier, cometida por Danilo (que viria a ser expulso na segunda parte). Leonardo Ruiz não perdoou e marcou o golo que daria a passagem à fase seguinte.
O Felgueiras não sentiu o abalo e manteve a mesma atitude ofensiva, que só não deu em golo porque Zé Leite, Paulo Moreira e Cissé não conseguiram aproveitar as oportunidades criadas ao longo da partida. Se algumas delas saíram com a pontaria errada, já os remates de Paulo Moreira e Cissé foram defendidos por Thiago Rodrigues, que se mostrou intransponível.
A derrota não envergonha em nada a exibição do Felgueiras, que merecia, pelo menos, o prémio do prolongamento.
BRUNO PINHEIRO COLOCOU DE INÍCIO APENAS TRÊS JOGADORES QUE HAVIAM SIDO TITULARES CONTRA O GIL VICENTE