Record (Portugal)

PSP ENTRA EM AÇÃO NO ATAQUE

Plano A de Amorim teve, por fim, o seu batismo. Trio esteve em todas na goleada em Istambul

- RICARDO GRANADA E VÍTOR ALMEIDA GONÇALVES

O ambiente em Istambul era intimidant­e e a pressão batia à porta dada a necessidad­e de somar pontos na Liga dos Campeões, mas a resposta dada foi absolutame­nte cabal. Diante do Besiktas (4-1), o Sporting não só cumpriu com o que lhe era pedido, como o fez de forma contundent­e, ao somar uma das vitórias mais folgadas da época no primeiro jogo em que foi chamada a ‘PSP’, isto é a sociedade formada por Pote, Sarabia e Paulinho. Coincidênc­ia? Talvez sim, talvez não, mas a estatístic­a não deixa margem para dúvida. Como pode observar pela infografia em anexo, o tridente teve influência direta no resultado na Turquia e deixou bons indícios para o que vem por diante. Para um jogo que o próprio definiu como “crucial”, Rúben Amorim apostou em Pote e Sarabia nas alas, respectiva­mente à direita e esquerda do ataque, opção que o técnico explicou com a necessidad­e de os extremos terem à disposição “o pé mais confortáve­l quando a bola chegasse ao lateral e ele a metesse na linha”. E foi também por aí uma das chaves do sucesso, dado que o português e o espanhol criaram várias vezes perigo em transições rápidas, para proveito... de Paulinho. Já aos 89 minutos, e depois de ter enviado duas bolas aos ferros, o avançado recebeu um passe de Pote e, de primeira e ainda de fora da área, fez a bola sobrevoar sobre o guardião Ersin Destanoglu e apontou um verdadeiro golaço, o segundo na sua conta na Champions. Refira-se que o feito foi particular­mente importante para a confiança do camisola 21, o mais rematador dos leões na Turquia, que já denotava alguns sinais de frustração pelo facto de ter estado mais de um mês em branco – marcara pela última vez ao Ajax (1-5), a 15 de setembro, precisamen­te na estreia da prova europeia. Aliás, até pela reação dos restantes companheir­os percebe-se a magnitude da proeza. “Mereces”, sublinhara­m Tiago Tomás ou Feddal, além de elogios de Adán, Coates, Esgaio, Porro, Vinagre ou Nuno Santos.

Técnica faz a diferença

Numa partida em que o Sporting criou diversas oportunida­des em jogo corrido – só a ‘PSP’ foi responsáve­l por dez – acabou por ser o laboratóri­o das bolas paradas a fazer a diferença. E nele, também o trio teve um papel fundamenta­l: Pote apontou, à direita, os cantos que redundaram no bis de Coates e, num deles, o capitão contou com uma assistênci­a de cabeça de Paulinho; noutro, à esquerda, foi de Sarabia o cruzamento que, de novo, Coates desviou para Vida cometer penálti. E foi na conversão do castigo máximo que o espanhol atirou para a estreia a marcar pelo Sporting. Uma noite que deu para tudo.

*

SOCIEDADE FOI RESPONSÁVE­L PELA CRIAÇÃO DE DEZ CHANCES. EXTREMOS COM PÉS AFINADOS E O AVANÇADO FEZ UM GOLAÇO

 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal