CRÍTICAS DOMINAM DEBATE ACALORADO
Rui Fontes vai pedir auditoria à SAD; Carlos Pereira diz que salvou clube de um “desastre”
A poucas horas das eleições para a presidência do Marítimo, marcadas para amanhã, Carlos Pereira e Rui Fontes, os únicos candidatos na corrida, trocaram argumentos durante quase duas horas num debate tenso. O atual presidente começou por se mostrar confiante numa vitória perante o homem que derrotou a 4 de julho de 1997, quando assumiu a liderança. “Os sócios não vão trocar o certo pelo incerto e no próximo mandato vamos tratar da legalização da claque”, afirmou Carlos Pereira. “O senhor só falou de adeptos nos últimos dez dias”, respondeu Rui Fontes, que lançou um duro ataque ao trabalho do líder: “Vou propor uma auditoria, pois tenho suspeitas na gestão do Marítimo e da SAD. Pela forma como fala do passado e como mente pode estar muita coisa escondida! Não tenho – nem terei – ligação com o clube em termos de empresas. Quero uma revisão dos estatutos.” Sobre esta acusação, Carlos Pereira deixou uma garantia e contra-atacou com críticas à gestão de Fontes, presidente de 1988 a 1997: “As minhas empresas não dependem do Marítimo mas fornecem o clube na
SOBRE JULIO VELÁZQUEZ, ATUAL LÍDER DIZ QUE UMA DERROTA EM GUIMARÃES NÃO SERÁ CASO PARA DESPEDIMENTO
sequência do desastre que encontrei há 24 anos.” Outro dos temas abordados no debate foi o pagamento da dívida de 36 milhões de euros que a SAD maritimista exige ao Governo Regional. “É uma dívida crónica. Estive reunido com o Secretário da Educação e falei-lhe dessa dívida. Sabe o que ele me respondeu? Que é pura ficção do senhor Carlos Pereira”, atirou Rui Fontes. A finalizar, o presidente foi ainda questionado sobre a situação de Julio Velázquez. O Marítimo vai jogar a Guimarães no fim-de-semana mas Carlos Pereira descartou falar do tema por estar “em consonância” com o treinador” e por uma eventual derrota não significar “a descida de divisão”. Rui Fontes garantiu também que, caso vença as eleições, não vai mudar de treinador. *