Record (Portugal)

A FIFA, a UEFA... e o Amora

- Eládio Paramés HORA DO CHÁ

çE agora, senhor Wenger, agora que o seu presidente, Infantino, deixou cair e com estrondo a brilhante proposta de passar a realizar os Mundiais de dois em dois anos, que outras inovações vai apresentar? Ou será que vai sair da FIFA e voltar a treinar? Talvez esta opção fosse a mais válida para o desenvolvi­mento do futebol...

E já que me refiro ao desenvolvi­mento do futebol,

registe-se o ressuscita­r da Superliga, que tanta dor de cabeça tem dado ao patrão da UEFA. Um semanário alemão, que teve acesso ao novo projecto, afirma que caso o Tribunal de Justiça da União Europeia se pronuncie a favor da legalidade da criação da Superliga esta irá por diante, se bem que em novos moldes. Segundo o ‘Wirtschaft­swoche’, haverá agora duas divisões, cada uma com 20 equipas, que entrarão na primeira ou na segunda de acordo com as classifica­ções nos seus campeonato­s. Assim, todos os clubes poderão aceder à competição, ao contrário do que sucedia antes. A entrada de novos patrocinad­ores permitirá ainda distribuir mais dinheiro pelos participan­tes. Depois de algumas federações terem obrigado a FIFA a esquecer a alteração dos Mundiais, parece possível que a UEFA também terá de se esquecer das suas prinicpais fontes de receita: a Champions e a Europa League. Ou então, abrir ainda mais os cordões à bolsa. Clubes como o Barcelona, por exemplo, agradecerã­o.

Os portuguese­s foram sempre empreended­ores corajosos desde os tempos das Descoberta­s. Recentemen­te, mais propriamen­te há 35 anos, houve também quem descobriss­e algo no futebol. Disse-me um jornalista de uma TV italiana que Arrigo Sacchi esteve a observar o Amora, em 1987, antes de colocar em prática o esquema que levaria o Milan à hegemonia no calcio.

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