Record (Portugal)

DRAGÃO ESMAGOU E TREMEU

FC Porto fez três golos de rajada, mas permitiu o empate e sofreu para reforçar invencibil­idade

- PEDRO MALACÓ

çNão importa o quão demolidora é a eficácia ou evidente o desenrolar de sentido único. Clássico que é clássico nunca fica resolvido antes de se esgotar os primeiros cinco minutos, muito menos em hóquei em patins e o líder FC Porto teve de aprender uma lição de humildade antes de sentenciar um triunfo (4-3) que teve tudo para ser confortáve­l, mas acabou por ser muito suado.

Contas feitas, os encarnados entraram no Dragão Arena a patinar, literalmen­te. Sofreram o primeiro golo ainda não estavam decorridos 30 segundos e aos quatro minutos já assistiam ao livre direto com que o internacio­nal português Gonçalo Alves ampliou a vantagem portista para três golos. Golpes anímicos com reflexos na dinâmica encarnada, mas também o argumento que conduziu o FC Porto tirar o pé do acelerador na perspetiva de controlar o orgulho ferido do Benfica. Reação enérgica, mas que só encontrou mordacidad­e à altura após o descanso, graças ao sangue frio que Carlos Nicolía patenteou em dois livres diretos quase consecutiv­os, sendo que o primeiro surgiu aos cinco segundos da etapa complement­ar e o segundo pouco mais de um minuto depois. Tónico para o Benfica forçar ainda mais a barra na esperança de diluir por completo a entrada avassalado­ra dos portistas e cujo ímpeto encontrou a expressão máxima no golo de belo efeito com que Lucas Ordóñez estabelece­u a igualdade e atirou o encontro para o momento mais quente. Emoções ao rubro repartidas e ainda com 16 minutos pela frente, o FC Porto aproveitou para puxar de todos os galões para não só desenhar o lance que permitiu a Carlo Di Benedetto estabelece­r o resultado final, como manietar os diversos esboços que o Benfica desenhou na esperança de levar mais qualquer coisa do Porto. Ricardo Ares, técnico do FC

BENFICA ESGOTOU TODAS AS FORÇAS PARA CHEGAR À IGUALDADE E JÁ NÃO TEVE DISCERNIME­NTO NA RETA FINAL

Porto, assumiu o “a luta e o sofrimento após uma etapa inicial quase perfeita”. “Faz parte porque não há jogos fáceis”, resumiu o treinador. Já do Benfica ninguém foi à sala de imprensa, mas o clube disponibil­izou o seguinte comentário do técnico Nuno Resende: “Estivemos perto de conseguir a vitória que queremos sempre. Faltou também um bocadinho de sorte, mas demonstrám­os que somos fortes, coesos e é esta imagem que queremos deixar em todos os jogos.”

O Benfica recebe já na segunda-feira o OC Barcelos.

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INTENSO. Clássico teve incerteza no marcador até ao fim

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