ÁGUIA ARROMBA PORTA FECHADA
Mesmo sem público, Benfica mantém pleno ante Boa Hora como os rivais dragões e leões
“Andam a matar as atividades de pavilhão, ao aplicarem às modalidades as leis do futebol”, protestou José Ramos, presidente do Boa Hora, ontem obrigado a realizar a receção ao Benfica, à porta fechada, na abertura da 7ª jornada do Campeonato. Sem público e frente a uma equipa moralizada por ganhar a meio da semana na Alemanha, a turma da Ajuda foi cilindrada (19-39) pelas águias, a voarem com os rivais, ao manterem o pleno e igualarem pontualmente FC Porto e Sporting, que hoje ficarão com um jogo a mais ao receberem Avanca e FC Gaia.
Em relação à partida, o Benfica dominou do início ao fim, com Francisco Pereira (9 golos) e Luciano Silva (8) a brilharem, enquanto Pedro Spínola (6) foi o principal trunfo do Boa Hora, que deverá realizar a receção ao Sporting, também à porta fecha- da, a 29 de outubro.
José Ramos explicou a Record o que se passa: “Os jogos com os três grandes têm de ter policiamento e um dia perguntaram-nos se tínhamos licença contra o terrorismo... Fomos multados em 2.500 euros, recorremos e recuperámos o dinheiro, mas se agora voltarmos a ter público nestes jogos a multa pode ir aos 20 mil euros. Estamos a tratar da burocracia para ter as licenças, mas enquanto não ficar resolvido vai ser como no tempo da pande- mia. Saíria muito caro jogar noutro pavilhão.”
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