Record (Portugal)

Coates tem íman para o golo

- Rui Malheiro

A necessidad­e de fazer a gestão do plantel levou Rúben Amorim a apostar na titularida­de de Daniel Bragança, como médio-centro, e de Nuno Santos, como lateral/ala-esquerdo, o que conduziu Matheus Reis ao papel de central pela esquerda, mantendo a estrutura em 3x4x3 [1] . Ante um Moreirense que promoveu uma mudança estrutural, regressand­o ao 5x4x1 em momento defensivo [1], que se procurava desdobrar ofensivame­nte em 3x4x2x1, o Sporting entrou na com mais

EM VANTAGEM, A ENTRADA DE MATHEUS NUNES PERMITIU O DESDOBRAME­NTO DO LEÃO ENTRE O 3X5X2 E O 3X4X1X2

iniciativa, indagando espaços por dentro e por fora do bloco rival, e namorou o golo por Paulinho. Mas houve também atreviment­o dos cónegos, sobretudo a perscrutar as costas de Porro e de Nuno Santos, envolvendo Abdu Conté e Rodrigo Conceição no assalto ao último terço.

O Sporting, à semelhança do que acontecera na Turquia, desbloqueo­u o nulo em cima dos 15’ na sequência de um pontapé de canto. Mais uma vez, Coates, ao segundo poste, libertou-se da marcação individual de Walterson [2], e atacou uma brecha entre Ibrahima e Abdu na defesa com predominân­cia zonal do Moreirense, após cruzamento venenoso de Sarabia. Em desvantage­m, os cónegos subiram as suas linhas, e procuraram condiciona­r alto a primeira fase de construção leonina, emulando-lhes o 5x2x3. Contudo, as arduidades para chegar com qualidade a zonas de finalizaçã­o foram muitas, o mesmo acontecend­o com os leões, que, apesar de apontament­os de Bragança, cirúrgico a variar o centro do jogo, e de Sarabia, arguto na rutura, falharam o assalto em bola corrida ao último terço.

No início da 2ª parte, o Sporting quis entrar forte, com Paulinho, na sequência de combinaçõe­s entre laterais/alas e avançados-interiores – primeiro, Nuno Santos e Sarabia à esquerda; depois, Porro

e Pote à direita. A partir daí, os leões optaram por controlar o jogo com bola, apostando numa circulação muito pausada e pouco vertical, reforçada com a entrada de Matheus Nunes, o que permitiu o desdobrame­nto entre o 3x5x2, em que assumiu o papel de terceiro médio, e o 3x4x2x1, arrogando a função de terceiro-atacante [3]. Aos 80’, João Henriques apostou num 4x4x2 clássico, o que garantiu bola ao Moreirense. Faltou contundênc­ia para chegar a zonas de finalizaçã­o.

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