Inteligência artificial no futebol
conversa com um treinador da Premier League, o estranho caso do Brentford veio à tona. Um clube cuja equipa está repleta de estatísticas e onde o treinador, ex-corretor da bolsa, se dedica basicamente a conduzir as sessões e a praticar a visão de um génio da matemática, o presidente e proprietário, Matthew Benham.
O modelo do jogo
é baseado em percentagens, em números, numa ideia revolucionária. No início de cada época, é feito um cálculo, baseado numa equação matemática secreta, que decide em que posição a equipa deve terminar. Se não for cumprido, é o fator humano que falhou. A avaliação sobre o jogador de futebol, também é feita a partir de estatísticas que comprovam ou não a sua real influência no jogo. Há remates à baliza que são proibidos, porque a percentagem de golo dessa posição, é baixa.
Os ataques constroem-se
por caminhos que, estatisticamente, dão mais sucesso. Matthew Benham estudou física e cálculo e o Brentford está bem. Depois de 125 anos invisíveis, sem ganhar nada, hoje é a equipa revelação e segue por uma estrada diferente. Em 2016 desistiu da formação. Iniciou mais tarde uma equipa B, de jogadores ‘perdidos e achados’ que completavam as secretas metas matemáticas da ‘fórmula Benham’ para integrarem a primeira equipa.
Os resultados estão à vista,
seja pela inteligência artificial, seja pela sorte. Esta parece ser uma avenida nova, pouco explorada. Os ideólogos conservadores, debatem-se agora com a ciência rebelde, dando a entender que até o futebol se vai robotizando.