“Passivo até reduziu”
Filipe Silva está ligado à história do União da Madeira, pois foi sob a sua liderança que o clube jogou pela última vez na 1.ª Liga (2015/16), embora na época seguinte tenha descido novamente. O seu mandato nos azuis-e-amarelos começou em 11 de janeiro de 2016 e durou até 31 de dezembro de 2018. E o dirigente fala pela primeira vez desde que deixou o União, defendendo a sua gestão. “Quem reativou o clube, apesar de todos os problemas que existiam, foi a minha direção, isto sem receber qualquer valor do Governo Regional, pois desde 2012 que o clube estava impedido de receber qualquer cêntimo do erário público. E relançámos a formação, a expensas da SAD. Os factos penso que são mais elucidativos para qualquer pessoa de boa fé perceber em que época foram constituídas as dívidas e em que mandatos”, refere a Record.
Relativamente às contas da SAD, considera que os relatórios e contas depositados na conservatória falam por si. “Em 2002, a SAD tinha um passivo superior a cinco milhões. Em 2019, tinha um passivo de quatro milhões. Ou seja, ainda reduzimos a dívida em mais de um milhão de euros”, garante. Sobre a dívida do clube unionista e da SAD, o ex-dirigente dá a sua versão: “Não sei como o processo foi conduzido. Disseram-me que existe uma dívida que foi reclamada nos dois processos, o que não é legal. Mas quem tem de responder é quem conduz o processo”. Questionado se poderá haver uma solução para a SAD dos madeirenses, Filipe Silva responde: “Não sei. Quem deve responder a essa questão é o senhor António Lopes [acionista da SAD]. Foi ele que tomou de assalto a gestão da SAD e nomeou estes elementos que a têm liderado. E, na altura, ele dizia que tinha uma solução...” Filipe Silva defende-se ainda relativamente às dívidas que o Governo Regional executou: “Fui presidente do União entre 2016 e 2018, não tendo nada a ver com essas dívidas. O clube é que foi vítima e até tentei lutar contra isso. Muitas vezes diziam que eu era o homem dos processos judiciais, mas não conheço outra forma para resolver litígios entre instituições em que uma parte se comporte como o Governo.”
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“FOI O SENHOR ANTÓNIO LOPES QUE TOMOU DE ASSALTO A GESTÃO DA SAD E NOMEOU ESTES ELEMENTOS”, ACUSA