VÍCIO DAS CAMISOLAS ESTÁ IMUNE À CLUBITE
Luís Silva e as duas filhas já angariaram mais de 400 exemplares para uma coleção de todas as cores
Quem diria que o momento que fez Luís Silva partir uns óculos de sol que lhe tinham custado 38 contos (190 euros) seria o início de um vício que infetou toda a família. Quer dizer, não é bem toda, mas já lá vamos... A verdade é que foi nesse tal jogo entre o seu Vitória e o Moreirense que recebeu de Romeu a primeira camisola de uma coleção que hoje em dia já supera as 400 (!). Sem olhar a cores.
“Sempre acompanhei o Vitória, tanto na 1ª Liga como, infelizmente, na 2ª Liga. Foi aí que conheci o Desmarets, talvez o jogador que mais me marcou aqui no Vitória. Uma vez pedi-lhe uma camisola e ele deu-ma numa deslocação a Belém. Depois deu-me mais duas e foi aí que começou o bichinho com as camisolas”, começou por contar Luís Silva, que contou com a ajuda da filha mais velha para dar início à coleção. Atualmente é com a mais nova que ‘trabalha’, sendo que a esposa nem sempre gostou da ideia: “Cheguei a ter problemas em casa. Só tinha os fins-de-semana para estar com a família e houve alguns em que ia ver seis jogos... A minha mulher queixou-se e com razão.” Os problemas foram ultrapassados e o vício seguiu em força, agora com ajuda das cartolinas. Mas, ao contrário de muitos outros, Luís Silva e a família não vendem as camisolas oferecidas pelos jogadores. “Há algumas pessoas que acham que é só fazer um cartaz e tem-se logo a camisola, mas não é bem assim. Exige trabalho e regras”, vinca o associado vitoriano, que à 19ª jornada desta edição da Liga já tinha camisolas de todos os clubes. “Já temos 57 só desta época. A maioria do Vitória, claro”, atirou.
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META PARA ESTA ÉPOCA ERA COLECIONAR UMA CAMISOLA DE CADA CLUBE DA LIGA E FICOU FINALIZADA LOGO À 19ª RONDA