TALENTOSO E COMANDANTE
Conjugava virtudes que permitiram um diagnóstico precoce: ia ser um grande jogador de futebol. Quando chegou à Luz, o Benfica vivia a transição de uma década de ouro para outra que, sem a mesma expressão europeia, manteve o perfil hegemónico em termos nacionais. Toni esteve no centro da mudança, porque era líder, uma força da natureza e tinha qualidades futebolísticas indiscutíveis: técnica refinada, ampla visão do jogo, capacidade para gerir a equipa e administrar o próprio jogo. Para culminar a perfeita adaptação a uma realidade distinta da que viveu na Académica, soube interpretar os valores éticos e históricos do Benfica, razão pela qual se manteve associado ao clube e ao coração dos adeptos até aos dias de hoje – será sempre “o Toni do Benfica”. Ao cabo de 14 épocas, muitas delas como capitão de equipa, tornou-se peça fundamental como treinador, consolidando uma grandiosa lenda de afetos.