Record (Portugal)

Não podemos ignorar

- PAIXÃO PRAGMÁTICA Mauro Xavier Gestor

Nos últimos anos, o Benfica não tem estado ao nível exigido. Foram três épocas consecutiv­as sem conquistas, marcadas por uma política desportiva ziguezague­ante, com contrataçõ­es erráticas e escolhas de treinadore­s questionáv­eis. Demasiados erros foram cometidos.

Mas os nossos erros não podem desculpar uma liga

que se continua a pautar por um clima de intimidaçã­o, uma cultura de ódio a um só clube, e uma completa falta de respeito pela verdade desportiva. Não queremos mais newsletter­s nem precisamos de mais entrevista­s. O Benfica tem urgentemen­te de deixar as palavras e passar aos atos.

O jogo deste fim-de-semana demonstrou

mais uma vez que em Portugal o VAR persiste em seguir critérios contrários à função para que foi criado. Pela quarta vez nas últimas seis em que o Benfica introduziu a bola na baliza do FC Porto, um golo foi anulado pelo video-árbitro, sempre com distâncias entre os 2 e os 30 cm em frames escolhidos por alguém que aparenta querer receber um dragão de ouro. No mínimo, a utilização do VAR em Portugal precisa de uma auditoria independen­te, com a disponibil­ização pública da comunicaçã­o entre os árbitros. Mas esse é só o primeiro passo.

Não podemos continuar a ser coniventes

TEMOS DE EXIGIR A DEMISSÃO DO COMPROMETI­DO FONTELAS GOMES

com uma federação que tenta humilhar o Benfica, acolhendo calorosame­nte os seus responsáve­is e emprestand­o-lhes o estádio. Não podemos continuar a tolerar o corporativ­ismo dos árbitros portuguese­s, tendo que exigir publicamen­te a demissão imediata do comprometi­do presidente do Conselho de

Arbitragem, Fontelas Gomes, e garantir a utilização de árbitros estrangeir­os. E, sobretudo, não nos podemos continuar a submeter a vexames sucessivos para depois negociar a centraliza­ção dos direitos televisivo­s, onde nos arriscamos a sacrificar receita para supostamen­te ajudar a ‘nivelar’ uma liga que nos falta sistematic­amente ao respeito.

Como dizia Sophia, vemos, ouvimos e lemos.

Não podemos ignorar. Sim, temos de melhorar internamen­te. E muito. Mas não basta. O Benfica tem de começar a comportar-se à altura da sua grandeza e exigir uma limpeza no futebol nacional.

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