Record (Portugal)

“Muito sofrimento mas salvei a situação“

João Almeida andou nos limites para subir a última montanha com o grupo dos primeiros

- CICLISMO ALEXANDRE REIS

O português mais valioso do pelotão World Tour, João Almeida, confessou ontem que não teve um dia fácil, pois ainda antes da 9ª etapa admitiu que não se sentia bem, mas prometeu dar o seu melhor. E foi isso que aconteceu. “Não estava a sentir-me bem desde o começo do dia, estava sem pernas, pelo que acabei por sofrer muito, mas consegui salvar a situação”, começou por dizer o corredor da Emirates, após cortar a meta em Blockhaus.

De todos os que chegaram na frente com o mesmo tempo, o ciclista de A-dos-Francos (Caldas da Rainha) acabou por ser o que retirou maiores dividendos na geral, ao subir ao 2º lugar. E manifestou o seu agrado: “Estou

feliz por ter terminado com o grupo da frente, sem perder tempo. Estava no limite, mas olhei em volta e vi que todos estavam em dificuldad­e. Foi uma grande corrida. ”

O jovem João Almeida, de 23 anos, explicou como o pelotão atacou a última montanha: “O ritmo foi muito alto desde o início da subida e ficou complicado, mas coloquei o meu próprio ritmo, gerindo as forças.” Sobre a classifica­ção no Giro, o 4º classifica­do em 2020 foi reservado: “Está tudo em cima da mesa, mas falta muito para o final. Tive e tenho de lidar com a minha forma. Lutar pelo pódio é um bom objetivo, mas colocarem-me como favorito é um pouco exagerado por enquanto. A Ineos tem equipa mais forte do que a Emirates e por isso vamos estar na expectativ­a.” O pelotão tem hoje dia de descanso, antes de enfrentar os 196 km da 10ª etapa, num percurso quase plano: duas contagens de montanha de 4ª categoria.

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RESPEITO. Português e líder da prova cumpriment­am-se no final

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