Record (Portugal)

SCHMIDT LAMENTA NÃO SER CAMPEÃO

“Teria sido o fim perfeito para esta época. Demos o nosso melhor mas o Ajax é muito forte”, assume

- NO ADEUS AO PSV NUNO MIGUEL FERREIRA

Roger Schmidt encerrou ontem a sua passagem pelo PSV Eindhoven. O treinador alemão, de 55 anos, que assumirá o comando técnico do Benfica a partir da próxima temporada, despediu-se da formação holandesa concedendo uma última entrevista aos meios de comunicaçã­o do clube, onde passou em revista as duas últimas temporadas. “Ainda não sei qual será a primeira coisa que farei amanhã [hoje]. Vamos passar algum tempo juntos, para nos despedirmo­s, talvez com um bom jantar. Amanhã [hoje] a temporada termina e depois veremos. Vou aproveitar para descansar, agora

TÉCNICO ALEMÃO DIZ QUE VAI DESCANSAR E RELAXAR UM POUCO NAS FÉRIAS... DEPOIS ABRAÇA DESAFIO NA LUZ

é período de férias”, afirmou, bem-disposto, acrescenta­ndo: “Esta foi uma época dura, com muitos jogos. Agora é tempo de relaxar um pouco.”

Na hora de fazer um balanço, Schmidt lamentou o facto de não se despedir de Eindhoven com a conquista do campeonato. “Não conseguimo­s ser campeões, que teria sido o fim perfeito para esta época. Demos o nosso melhor, mas o Ajax é uma equipa muito forte e terminou com mais dois pontos do que nós. Fizemos 81 pontos, o que é muito”, sublinhou, elogiando os seus jogadores. “O que eles fizeram nesta e na outra temporada foi bom. Podemos estar satisfeito­s, não só pelos resultados, mas também pelo desenvolvi­mento individual dos jogadores”, frisou. Na hora do adeus ao PSV para orientar o Benfica, Roger Schmidt destacou a qualidade do futebol no país das túlipas. “Na minha opinião, o campeonato holandês é muito bom. Do ponto de vista qualitativ­o é mesmo subestimad­o. Se virem o que todas as outras equipas fizeram pela Europa fora... temos agora o Feyenoord na final [da Conference League], o Ajax fez uma campanha muito boa. Na Liga dos Campeões também penso que não estivemos mal. Há muita qualidade na Eredivisie e os próprios holandeses não reconhecem isso”, considerou, mostrando-se satisfeito pelo trabalho em Eindhoven. “Foram dois anos nada fáceis, principalm­ente por causa do coronavíru­s e dos estádios vazios. Penso que vimos uma equipa no relvado que demonstrou um bom futebol e conseguiu dois troféus”, vincou.

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DESPEDIDA. Schmidt deu entrevista aos meios do PSV e tomou uma cerveja com o sucessor, Ruud van Nistelrooy

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