“Rui Vitória estava a pensar subir-me à equipa principal”

çEm 2016 e 2017 sofreu duas roturas de ligamentos... seguidas. Como foi essa fase?

G –Foram dois anos muito difíceis da minha carreira. Felizmente consegui ultrapassar. Não foi fácil e nem toda a gente consegue. É preciso muita força interior e capacidade de trabalho. E se há coisa que me deu gosto foi atingir o nível que tinha antes das lesões.

Ⓡ Sem as lesões, como poderia ter sido o seu futuro no Benfica?

G – Nunca contei isto, mas havia grande possibilidade de integrar a equipa principal. Eu estava na equipa B, mas já treinava com o grupo. Um dia, o míster Rui Vitória chamou-me, confessou-me que gostava bastante de mim e estava a pensar subir-me. Na semana seguinte tive a infelicidade de lesionar-me e foi tudo por água abaixo. Depois veio outra lesão e estive muito tempo a recuperar. A saída para a Grécia fez-me bem. Jogar numa primeira equipa e numa 1ª liga deu-me confiança. Mas se não tivesse as lesões, teria integrado a equipa principal do Benfica.

Ⓡ Nessas longas paragens e recuperações, alguma vez passou pela cabeça a ideia de desistir ?

G – Não. As pessoas do Benfica até comentavam como era possível a força que eu tinha. Por vezes trabalhava sozinho para regressar o mais forte possível. E tudo isso tornou-me mais maduro, mentalmente mais forte e preparado para próximos desafios.

Ⓡ E um regresso ao Benfica?

G – Foi um clube que me marcou muito e pelo qual tenho um gosto enorme. Foi lá que cresci e quando tive as lesões nunca me deixou ficar mal. Mas claro que esse regresso não depende só de mim.*

“O BENFICA MARCOU-ME MUITO E TENHO UM GOSTO ENORME PELO CLUBE, MAS UM REGRESSO NÃO DEPENDE SÓ DE MIM”