“Amorim foi o melhor que nos aconteceu”
Técnico é a engrenagem da “máquina de formar jogadores” que colocou oito leões no Euro Sub-17
João Couto é o diretor técnico da formação do Sporting e um dos rostos do trabalho desenvolvido na Academia de Alcochete, que permitiu ao clube ser o recordista europeu nos jogadores que colocou no Europeu Sub-17 – 8 leões foram cedidos a Portugal. O mérito é, claro, de todos, no entanto o responsável, de 61 anos, confessa, em exclusivo a Record, que Rúben Amorim é também uma peça importante de todo o o processo. “Não há futebol de formação sem haver uma ligação estreita com o futebol profissional. E o Rúben Amorim escancarou a porta a essa ligação. No Sporting há uma ligação muito profunda entre o futebol de formação e o futebol profissional. O míster Rúben Amorim é um treinador inteligente que entende que a nossa formação pode ser um pilar da construção das equipas dos próximos anos. Cada jogador que
“ESPERO QUE OS JOGADORES CONTINUEM A CHEGAR À EQUIPA PRINCIPAL. ACREDITAMOS NA ESTRATÉGIA”, FRISOU
chega ao patamar da equipa A tem a porta aberta com o Rúben Amorim e resulta das nossas conversas, entre todos. O Rúben Amorim foi o melhor que nos aconteceu porque tem um olhar inteligente e perspicaz. Ele vê os jogos, nós enviamos os dados. Temos uma máquina de informação montada, para cima e para baixo”, salientou. “Esperamos que os jogadores continuem a chegar à equipa A. Acreditamos na estratégia que desenvolvemos e não falo de uma pessoa só, falo de uma máquina muito grande como é o Sporting a formar jogadores”, partilhou João Couto, que no passado orientou os juvenis, por quem somou cinco títulos nacionais para o Museu do Sporting, e juniores dos verdes e brancos.
Modelo dá resultado
Os internacionais sub-17 Dário Essugo e Rodrigo Ribeiro, que Amorim já estreou, são exemplos de sucesso de uma “boa geração”. “É um orgulho enorme ter os nossos jogadores nas seleções”, reforçou, como reflexo do Modelo Centrado no Jogador. “Alguns destes jogadores vêm do Pólo EUL, desde os 8 ou 9 anos. E muitos desses jogadores nos sub-17 já participaram nos campeonatos sub-19 ou sub-23. O fluxo de trabalho num patamar mais elevado permite-lhes adquirir competências, capacidade e resiliência. O nosso modelo de formação é transversal e inclui todos os departamentos, desde o técnico à psicologia, passando pela comunicação, pela Unidade de Performance”, rematou. *