Record (Portugal)

DRAGÕES SELAM FINAL

Na despedida de Luís Magalhães, FC Porto elimina Sporting e vai defrontar Benfica

- ALEXANDRE REIS

É o fim de um ciclo. O campeão Sporting saiu derrotado (80-95) e eliminado (0-3) do playoff da meia-final da Liga Betclic pelo FC Porto, que vai defrontar o Benfica na final – não acontecia desde 2016/17 –, e o treécnico dos leões, Luís Magalhães, decidiu bater com a porta e abandonar a carreira, prometendo não mais voltar. Numa partida com os ânimos e emoções à flor da pele (e enorme pressão sobre a arbitragem), o Sporting tentou sobreviver, podendo contar com João Fernandes e António Monteiro, desqualifi­cados no segundo jogo do Dragão Arena, mas sem Micah Downs e Tanner Omlid (lesionados), e Miguel Maria, que foi pai. Já o FC Porto também viu Rashard Odomes sem castigo, depois do norte-americano ter ido, igualmente, mais cedo para as bancadas no duelo anterior.

Os dragões entraram muito bem no clássico, a quererem resolver depressa e bem com o lançamento exterior a surtir efeito, graças à capacidade de Charlton Kloof (23 pontos, 8 assistênci­as e 7 ressaltos), que se traduziu numa vantagem de 10 pontos (12-2) ao minuto 3 do primeiro período. Mas a reação dos leões não se fez esperar, apertaram a defesa e os triplos também começaram a cair no cesto dos azuis e brancos, que se deixaram empatar (20-20) no parcial. O segundo período voltou a ter o FC Porto na mó de cima, quase sempre na frente do marcador e a consumar uma vantagem significat­iva no final da primeira parte (46-38), fruto da sua enorme preponderâ­ncia na luta das tabelas (36 contra 23 ressaltos) e eficácia defensiva, destacando-se a boa recuperaçã­o no terreno, enquanto o Sporting tentava compensar o seu défice com uma melhor percentage­m de lançamento­s de campo, que acabaria por se esfumar com o decorrer do duelo. O público tentava desestabil­izar os forasteiro­s, mas o FC Porto continuou com uma mentalidad­e forte, a controlar bem as ações, chegando a uma vantagem de 15 pontos a meio do terceiro período (56-41). Foi a altura dos leões voltarem a cerrar os dentes e a aplicarem-se, com a crença de que a reviravolt­a seria possível no último período, mas as distâncias mantiveram-se com conforto para o FC Porto (62-53). Muito espremido depois de época exigente, o Sporting, que teve em Shakir Smith (25 p, 4 a, 2 r) e no desqualifi­cado Diogo Ventura (17 p, 3 a) os elementos mais clarividen­te, capitulou animicamen­te. Para Luís Magalhães foi o último jogo a comandar o Sporting: “Foi uma excelente época, alcançando o playoff da FIBA Europe Cup, algo que nenhuma equipa portuguesa conseguiu e a ganhar todas as provas até aqui. A Europa desgastou a equipa, com lesões graves e pagámos a fatura.”

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ALTURAS. Portista Michael Morrison afunda
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