Record (Portugal)

“NÃO TENHO MEDO DA CONCORRÊNC­IA”

O avançado, de 28 anos, espera por uma decisão sobre o seu futuro e confessa que gostava de ficar em Alvalade, mas admite que ainda não foi contactado. Lesão no joelho direito e ausência do jogo do título foram momentos difíceis

- JOÃO SOARES RIBEIRO

Terminou a época na Grécia, no empréstimo ao OFI Creta, em bom plano. Quais sãos os seus objetivos para a nova época?

LUIZ PHELLYPE – Sobre os objetivos não posso dizer muita coisa, pois o Sporting ainda não falou comigo. Mas acho que o meu futuro não vai passar por ali. Vou agora de férias e aproveitar esta fase para descansar e cuidar do meu joelho, e depois logo verei o que é melhor. Se não for no Sporting, vou jogar para outro lado.

Mas preferia correr esse risco de jogar pouco no Sporting ou prefere procurar uma equipa onde possa ter mais hipóteses?

LP – Sinceramen­te, gostava de ficar. Jogar pouco é algo que não me assusta, uma vez que, quando fui contratado [em 2019], o titular era o Bas Dost e eu não tive medo de vir... Depois, acabei a época a jogar. Não tenho meda da concorrênc­ia, mas preciso saber se o Sporting me quer ou não.

Já falou com o Hugo Viana ou com o Rúben Amorim?

LP – Não, nunca tive essas conversas. Nós sempre falámos pouco. Quando o Rúben chegou ao Sporting eu já estava lesionado e não tivemos muito tempo para falarmos. Não sei o que é que ele pretende de mim.

O Sporting terminou a época a jogar sem um avançado fixo. Acredita que pode adaptar-se a esta forma de jogar?

LP – Acredito que sim. O Sporting acabou agora a época a jogar sem um ponta-de-lança fixo, mas desde que o Amorim chegou usou sempre uma referência, primeiro o Sporar e depois o Paulinho. Acho que nós, jogadores, nos conseguimo­s a adaptar a outras maneiras de jogar. E até é possível que sejam usados dois avançados.

Sente que tem a capacidade para fazer as mesmas movimentaç­ões que o Paulinho faz?

LP – Essas movimentaç­ões são treinadas. O [Marcel] Keizer pedia-me para fazer uma coisa e eu fazia. Se o Rúben Amorim me pedir outra, também a faço. Talvez não tão bem como o Paulinho, que é melhor numa coisa e o Sporar noutra, mas eu tento sempre. Depois cabe ao treinador decidir.

Acredita que se fizer a pré-temporada pode convencer o treinador a desistir da contrataçã­o de mais um avançado?

LP – Eu confio muito em mim e no meu trabalho, por isso acho que posso fazer parte deste projeto. Não sei se querem que faça a pré-época aqui, ou não, mas o Rúben Amorim já me conhece. Aliás, até já joguei contra ele, sabe bem quais são as minhas caracterís­ticas. O treinador não precisa de ser convencido, só precisa de ver se estou no meu melhor nível técnico e físico.

Entretanto, o Sporting vai promover o Rodrigo Ribeiro. Teme que a aposta na formação possa reduzir o seu espaço?

LP – Quando o Amorim fez essa aposta as coisas começaram a dar certo, com o Gonçalo Inácio, o Matheus Nunes e outros. Se deu certo, acho normal que continuem por esse caminho. Se me prejudica ou não... Não sei. Se

acham que o miúdo se encontra preparado para jogar, têm de colocá-lo a jogar.

“QUANDO FUI CONTRATADO O TITULAR ERA O BAS DOST E NÃO TIVE MEDO DE VIR... DEPOIS ACABEI A ÉPOCA A JOGAR”

Acredita que este clima de indefiniçã­o pode prejudicar a sua carreira, seja no Sporting ou em qualquer outro lugar?

LP – Afeta, pois o ideal é começar [a pré-época] com a equipa, seja onde for. Depois há o lado psicológic­o e a espera de saber para onde vamos. É um pouco desgastant­e, mas faz parte do futebol.

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