“QUERO AJUDAR O AROUCA A SUBIR DE PATAMAR”
Aos 28 anos e depois de uma passagem conturbada pelo Sporting, decidiu voltar a Portugal pela porta arouquense, um clube do qual só tem coisas boas a dizer. Espera agradecer a aposta com uma grande época em 2022/23
Ao fim de meio ano em Arouca já dá para olhar para trás e dizer com clareza que foi uma aposta ganha?
ALAN RUIZ – Sem dúvida. Sinto que foi um período muito positivo. Conseguimos o objetivo principal que era ficar na 1ª Liga e saber que fiz parte disso é algo que me deixa muito contente. Vir foi sem dúvida uma boa decisão.
Fez nove jogos e marcou um golo neste período. Foi o contributo que esperava ou poderia ter dado algo mais?
AR – Coloquei sempre o melhor de mim e olhando para o principal, que era o clube seguir na 1ª Liga, só posso estar satisfeito. Não foi fácil chegar e ganhar logo ritmo. Estava de férias, foi tudo muito rápido e demorou tempo a conseguir estar na melhor forma. Creio que na fase final da época já estive mais próximo do meu melhor, pude jogar vários jogos seguidos
“DEMOREI ALGUM TEMPO A CONSEGUIR ESTAR NA MELHOR FORMA, MAS NA FASE FINAL JÁ ESTIVE PRÓXIMO DO MÁXIMO”
e ajudar a equipa a somar pontos importantes para a permanência. Mais do que o lado pessoal, é para o coletivo que olho e que realmente me importa.
Como surgiu a hipótese de assinar pelo Arouca?
AR – O meu empresário falou-me da possibilidade e não foi nada difícil chegarmos a um acordo. A verdade é que Portugal é um país que me diz muito, onde já tinha estado e onde tinha sido feliz. A minha filha nasceu cá e também por isso seria sempre especial voltar. Não me arrependo nada e tanto eu como a minha família estamos felizes pela forma como as coisas se concretizaram.
O Arouca é um clube modesto, numa vila relativamente pequena e com um ambiente muito familiar. Surpreendeu-o de alguma forma?
AR – É um clube lindo e muito tranquilo. Gosto que seja assim. É muito familiar, as pessoas conhecem-se e preocupam-se com o bem estar dos jogadores. Somos bem tratados e não nos falta nada. Optei por ficar a morar no Porto para ser mais fácil à minha filha ter um colégio perto e também para que a família pudesse desfrutar da cidade. Mas gosto muito de Arouca e sinto-me em casa.
Tem mais um ano de contrato. O que deseja concretizar em 2022/23?
AR – Quero ajudar o Arouca a subir de patamar. Há potencial para isso, é um clube que dá boas condições aos jogadores, que tem qualidade no plantel. Depois de termos conseguido a permanência, espero que possamos entrar bem na nova época e tentar fazer uma liga o mais tranquila possível. Vamos trabalhar para isso.
Para isso seria importante manter Armando Evangelista?
AR – Oxalá que sim. Conseguiu o objetivo de segurar a equipa na 1ª Liga e é um treinador próximo dos jogadores, que se preocupa connosco e nos faz sentir bem. Do pouco tempo que privei com ele sempre me transmitiu confiança e mostrou capacidades para ajudar a levar o clube para cima.
Que importância terá para si poder fazer a pré-época?
AR – Muita. Como disse, cheguei aqui em janeiro quando estava a meio das férias e demorou tempo a encontrar a minha forma. Agora já conheço os colegas e fazendo a pré-época terei mais condições para entrar bem.
Tem alguma meta de golos ou assistência para 2022/23?
AR – Um avançado gosta sempre de marcar e assistir, mas não vou dar números. Quero ajudar. Se um colega meu marcar fico feliz como se fosse eu a fazê-lo.
*