Record (Portugal)

Como rasgar defesas

- Francisco Gomes da Silva

Portugal voltou a dominar e a convencer num jogo da Liga das Nações. A equipa nacional venceu por 2-0, numa exibição convincent­e com sinal mais no primeiro tempo.

Fernando Santos preparou a equipa para defender de forma eficaz uma seleção que se apresentas­se num sistema base com 3 defesas. Uma situação que muitos problemas deu a Portugal no passado quando defrontou selecções que jogavam em 3-4-3 ou 3-5-2.

A Rep. Checa alinhou em 3-4-3 e para anular a dinâmica ofensiva da selecção contrária, a estratégia passou por defender com linha de 5 com Gonçalo Guedes a fechar o corredor direito e a acompanhar os movimentos do ala esquerdo. No momento com bola, o extremo português subia no terreno e formava uma linha de três com Ronaldo no meio e Jota na esquerda [1].

Os primeiros 15 minutos da partida foram de ajuste por parte das duas equipas, com os checos a defenderem bem, ocupando os espaços e não permitindo a Portugal entrar no seu bloco, e a sairem rápido nas transições. Depois deste período a Seleção assumiu as despesas da partida e teve em Cancelo, Neves e Bernardo Silva os principais protagonis­tas. A sociedade do City esteve envolvida no primeiro golo e pela forma como conseguiu desbloquea­r a partida. Por outro lado, o médio do Wolves esteve em excelente destaque no plano com bola. Foi dele que saiu o passe que rasgou a defesa checa no 2-0 e permitiu a Bernardo servir Guedes. Mesmo sobre pressão conseguiu meter o passe entre linhas e desequilib­rar a defensiva [2].

Na segunda parte o conjunto português desligou e baixou a intensidad­e, permitindo aos checos de chegar mais vezes à baliza e criar alguns lances de perigo através de ataques rápidos. Com bola a equipa projectou bem os seus laterais, Cancelo e Guerreiro, e permitiu a Neves baixar para ligar o jogo com Bernardo Silva mais solto como o grande organizado­r de jogo e William a assumir um papel mais adiantado de médio de transição. Ronaldo a prender os centrais contrários, com Jota e Guedes mais móveis a atacar os espaços nas costas da defesa. O marcador obrigou a que os checos arriscasse­m mais e concedesse­m mais espaços nas costas, mesmo que Portugal não tenha aproveitad­o bem, pecando no momento da finalizaçã­o [3].

FERNANDO SANTOS PREPAROU SELEÇÃO PARA DEFENDER DE FORMA EFICAZ CONTRA EQUIPA COM TRÊS DEFESAS CENTRAIS

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