PRISÃO PREVENTIVA PARA TRÊS ARGUIDOS
Marco Orelhas e outros dois suspeitos ficaram presos. Restantes seis detidos saíram com TIR
Três dos nove detidos na operação ‘Fim de Festa’, no âmbito do processo de investigação ao homício de Igor Silva, durante a festa do título de campeão do FC Porto na madrugada de 8 de maio, ficaram desde ontem em prisão preventiva. Marco ‘Orelhas’, Paulo ‘Chanfras’ e Diogo ‘Xió’ vão aguardar julgamento na prisão, sendo que este último cumpre já uma pena de dois anos e meio por um outro processo judicial em que foi condenado. Os restantes foram libertados, sendo que apenas um, além da medida de coação de termo de identidade e residência, não está obrigado a apresentar-se periodicamente às autoridades. Todos os detidos, elementos da claque Super Dragões, foram ouvidos em 1º interrogatório judicial e aceitaram prestar declarações. Na base da decisão da prisão preventiva para o trio em causa foram tidos em conta os perigos de fuga, pertubação de inquérito e continuação de atividade crimisona. Sobre a situação de Marco ‘Orelhas’, Poliana Ribeiro, a sua advogada, referiu à saída do Tribunal de Instrução Criminal que irá recorrer da decisão, uma ação que foi também aventada por parte da defesa dos outros arguidos, assim analisem a totalidade do despacho. De notar que o dia de ontem, junto ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto, foi bastante conturbado, com a presença de várias dezenas de pessoas que procuraram mostrar o seu apoio aos arguidos, assim como aguardar por notícias sobre a sua situação, o que obrigou até ao reforço do dispositivo de segurança.
Os presentes foram entoando algumas palavras de ordem ao longo do dia - como ‘Cerco’ ou ‘inocentes’ - , acabando por aplaudir efusivamente a saída a conta-gotas dos seis arguidos que deixaram as instalações em liberdade, por volta das 20 horas. Um deles, conhecido como Jonai, falou aos meios de comunicação, afirmando: “Eu sou uma pessoa inocente. Só fui festejar um título. Eles foram cobardes. Quem matou foi cobarde. Eles pareciam que estavam a matar um porco. Nunca na minha vida era capaz de matar uma pessoa, fazer aquilo a uma pessoa.”
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PRESENÇA DE DEZENAS DE PESSOAS NO EXTERIOR DO TIC TERMINOU COM SAÍDA DOS LIBERTADOS EM CLIMA DE FESTA