As alegrias do crescimento
çDepois do empate frente à Espanha e das duas vitórias consecutivas de Portugal frente à Suíça e à República Chca na Liga das Nações, respira-se um ambiente de entusiasmo na Seleção. Já se assume, inclusive, que a jogar assim tudo será possível, e que a equipa poderá mesmo aspirar a ser campeã do mundo no Qatar.
Um dos aspetos que o timing e o formato desta competição permite é a possibilidade de dar oportunidade e tempo de jogo a atletas muito diferenciados. A gestão de personalidades e papéis dentro de uma equipa é um fator determinante no seu rendimento. O psicólogo Meredith Belbin, que desenvolveu um modelo de liderança de alta performance, aconselha mesmo que devemos tratar os membros da equipa como atores de palco, que deve haver saídas e entradas, e que nem todos os membros são obrigados a estar no palco ao mesmo tempo.
A gestão da Seleção tem sido competente e os resultados permitem encarar de forma positiva os jogos que se seguem. As evidências apontam, no entanto, que quando as equipas estão neste estádio de performance (Tuckman), se não forem atualizados os índices de exigência e de rigor, correm o risco de não corresponderem no próximo jogo.
As emoções positivas associadas à satisfação pelas vitórias e o primeiro lugar no grupo, constituem uma oportunidade para introduzir patamares mais exigentes de desempenho e novos desafios coletivos e individuais. A satisfação, tal como a dor, pode ser usada para gerar crescimento.*
DEVEMOS TRATAR OS MEMBROS DA EQUIPA COMO ATORES DE PALCO, COM ENTRADAS E SAÍDAS