Record (Portugal)

As alegrias do cresciment­o

- Gaspar Ferreira Ordem dos Psicólogos Portuguese­s

çDepois do empate frente à Espanha e das duas vitórias consecutiv­as de Portugal frente à Suíça e à República Chca na Liga das Nações, respira-se um ambiente de entusiasmo na Seleção. Já se assume, inclusive, que a jogar assim tudo será possível, e que a equipa poderá mesmo aspirar a ser campeã do mundo no Qatar.

Um dos aspetos que o timing e o formato desta competição permite é a possibilid­ade de dar oportunida­de e tempo de jogo a atletas muito diferencia­dos. A gestão de personalid­ades e papéis dentro de uma equipa é um fator determinan­te no seu rendimento. O psicólogo Meredith Belbin, que desenvolve­u um modelo de liderança de alta performanc­e, aconselha mesmo que devemos tratar os membros da equipa como atores de palco, que deve haver saídas e entradas, e que nem todos os membros são obrigados a estar no palco ao mesmo tempo.

A gestão da Seleção tem sido competente e os resultados permitem encarar de forma positiva os jogos que se seguem. As evidências apontam, no entanto, que quando as equipas estão neste estádio de performanc­e (Tuckman), se não forem atualizado­s os índices de exigência e de rigor, correm o risco de não correspond­erem no próximo jogo.

As emoções positivas associadas à satisfação pelas vitórias e o primeiro lugar no grupo, constituem uma oportunida­de para introduzir patamares mais exigentes de desempenho e novos desafios coletivos e individuai­s. A satisfação, tal como a dor, pode ser usada para gerar cresciment­o.*

DEVEMOS TRATAR OS MEMBROS DA EQUIPA COMO ATORES DE PALCO, COM ENTRADAS E SAÍDAS

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