Record (Portugal)

NAS MÃOS DE BIDEN

Djokovic cai para 7.º ATP após título em Wimbledon e pode só voltar a jogar Grand Slams... em maio

- JOSÉ MORGADO TÉNIS

SÉRVIO IMPEDIDO DE IR AO US OPEN POR NÃO ESTAR VACINADO. “CONFIAMOS QUE O PRESIDENTE MUDE DE IDEIAS”, PEDE O TÉCNICO

Vivem-se tempos diferentes no topo do ténis masculino. Novak Djokovic, que aos 35 anos somou no domingo o seu 21º título de Grand Slam e 7º em Wimbledon, não só não subiu no ranking... como desceu, do terceiro para o 7º posto. O sérvio perdeu a totalidade dos 2000 pontos que havia somado na edição de 2021 de Wimbledon e, como este ano o ATP retirou os pontos do Grand Slam inglês (devido a decisão unilateral de impedir a participaç­ão de russos e bielorruss­os), o sérvio acabou por cair na tabela, ultrapassa­do por Rafael Nadal, Stefanos Tsitsipas, Casper Ruud e Carlos Alcaraz, tudo jogadores que perderam antes dele em Londres. Ora a situação do ranking de Djokovic só tende... a piorar. É que o sérvio, que volta a estar apenas a um título do recorde de Grand Slams de Rafael Nadal (22), poderá só voltar a competir em provas deste nível em maio de 2023, devido à sua posição anti-vacinas que voltou a reafirmar após vencer Wimbledon: “Não estou vacinado e não planeio fazê-lo. Na minha cabeça é assunto arrumado. Espero ter boas notícias dos Estados Unidos nas próximas semanas, mas não está nas minhas mãos. Se não conseguir jogar, terei de repensar o meu calendário”. Recorde-se que os Estados Unidos não permitem neste momento a entrada de cidadãos estrangeir­os que não estejam vacinados, pelo que só uma mudança da lei poderá permitir que Djokovic jogue o US Open - situação muito improvável nesta altura. “Confiamos que [Joe] Biden [o Presidente dos EUA] mude de ideias”, disparou Goran Ivanisevic, treinador de Djokovic.

E Djokovic também ainda não sabe se conseguirá disputar o Open da Austrália... de 2023. É que o sérvio, que entrou no país em janeiro sem estar vacinado e acabou deportado do país, viu o seu visto para o país ser cancelado durante três anos e só poderá, em teoria, voltar a pisar solo australian­o em 2025. Uma nova situação política no país (o Governo mudou entretanto) pode, no entanto, alterar o cenário de uma eventual participaç­ão de Nole no torneio onde é o recordista de troféus (9).

Com a luta pelo recorde de Grand Slams a aquecer, Rafael Nadal deverá ser o único membro do ‘Big Three’ a jogar o último Major do ano, em Nova Iorque, de 29 de agosto a 11 de setembro. Já o veterano Roger Federer, recorde-se, continua a recuperar das várias operações ao joelho direito e está fora do circuito [ver peça ao lado].

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TROFÉUS. Djokovic tem 21 Grand Slams e está a um de Nadal

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