Eusébio, hoje e sempre

Quatro anos depois da última edição, o regresso da Eusébio Cup é um momento preponderante, como demonstra o entusiasmo frenético dos adeptos que hoje esgotarão o Estádio da Luz. No meio do chorrilho de jogos e troféus disputados durante a pré-época, este possui uma importância especial: é o momento em que a Luz se veste de vermelho e branco para homenagear o maior dos seus heróis.

Quando Eusébio foi questionado

em 2011 sobre o que pretendia para essa edição do troféu, a sua resposta foi (mais uma) demonstração dos valores únicos que personificava. Fair-play, uma enchente de público e uma vitória do Benfica, foram os três desejos expressos pelo Rei que representam na perfeição a sua forma de estar diferenciada.

Eusébio não é só um dos melhores jogadores de sempre.

O seu legado vai muito para além das suas inúmeras conquistas. A verdadeira herança de Eusébio são os seus valores, que encarnava dentro de campo e que unem toda a nação benfiquista à volta do globo. Eusébio é mística e querer, é humildade e capacidade de sacrifício, é fome de vitória e respeito pelo adversário. Mas Eusébio é, acima de tudo, Benfica. Por alguma razão, o Pantera Negra é o mais próximo que a religião benfiquista tem de um Deus – as duas histórias confundem-se numa só: Eusébio é Benfica e Benfica é Eusébio.

Fora de campo, em tempos difíceis,

Eusébio representou união. Foi dos poucos – talvez o único – a ser amado por um país inteiro. Com a sua grandeza, transcendia ódios clubísticos e fronteiras nacionais. Apesar de já não estar connosco, o seu espírito está imbuído em todas as dimensões do Sport Lisboa e Benfica. A sua memória merece paz e respeito e nunca instrumentalização e controvérsias.

O SEU LEGADO VAI MUITO PARA ALÉM DAS SUAS INÚMERAS CONQUISTAS

Todas as homenagens que lhe rendermos serão poucas para justificar a nossa gratidão eterna.

Este é o legado que nos foi deixado pelo melhor jogador

português de todos os tempos. Sendo impossível pedir aos atuais atletas que igualem os feitos de Eusébio, temos a obrigação de solicitar que saibam honrar o peso da camisola outrora envergada pelo Pantera Negra. Quanto mais depressa o plantel for confrontado com a importância desta história, mais perto estaremos de voltar àquilo que todos desejamos: as vitórias.