Conhecer o mercado dos adeptos A CRIAÇÃO DE UM SISTEMA RACIONAL, PRÁTICO E SIMPLES DE INFORMAÇÃO PODE SER A CHAVE DO SUCESSO DE MUITOS CLUBES DESPORTIVOS E OUTRAS INSTITUIÇÕES
Quem são os meus consumidores? Onde vivem? O que fazem? Qual a sua idade? Onde poderão ser expostos às minhas promoções? Quais as razões que os fazem comprar um bilhete?
Na resposta a estas perguntas
reside um dos pontos essenciais no processo de gestão de marketing desportivo. A criação de um sistema racional, prático e simples de informação pode ser a chave do sucesso de muitos clubes desportivos e outras instituições.
Em Portugal, pouco tem sido feito até agora.
De qualquer modo, para a maioria das entidades envolvidas com o des- porto, principalmente para a fatia significativa de organizadores de eventos e provas desportivas, o seu processo de pesquisa é baseado normalmente numa base de dados já existente. Essa base de dados contém a informação natural, ou seja, nome, idade, morada, etc.
Penso que aqui o facto que se coloca
é o de rentabilizar essa base de dados dando-lhe valor de forma a criar benefício para o utilizador. Um clube com cer- ca de 10.000 sócios pode certamente conseguir resultados positivos quando torna a sua base de dados mais dinâmica.
As fontes de pesquisa possíveis de analisar nesta área,
em Portugal, ainda não são muito fáceis de encontrar. A maioria das pesquisas estão diretamente relacionadas com aspe- tos ligados à prática do exercício físico e com a saúde do con- sumidor. Podemos, no entanto, conseguir alguma informação que seja relevante para as questões que se colocam num processo de marketing junto das federações das diversas modalidades ou de organizações governamentais.
Tomar por base informações secundárias
pode e deve ser um caminho a seguir. Estamos a falar dos dados do Instituto Nacional de Estatística (no caso de determinação do mercado potencial), das publicações na imprensa, dos relatórios das universidades com cursos ligados a esta área, entre outros.
Outro tipo de recolha de informação
pode ser assegurado através de estudos, inquéritos (aos sócios e simpatizantes, por exemplo), reuniões de grupo, entrevistas a líderes e através do telefone.
Não devemos esquecer
que todas as decisões de marketing devem ter por base a pesquisa e recolha de informações respeitantes ao mercado. O sucesso ou insucesso de um produto ou serviço desportivo passa pela flexibilidade em relação ao tipo de informação disponível, bem como pela criatividade na execução e controlo de um sistema de informação suscetível de ser representativo do mercado e de todas as variáveis a ele inerentes.
Nenhum clube, hoje em dia,
compra jogadores por mera perceção. Os departamentos de scouting reúnem dossiers muito completos sobre qualquer jogador que incluem aspetos técnicos, táticos, físicos bem como avaliações psicológicas e comportamento social e familiar. Quando tratamos de bilhetes, sócios, campanhas ou promoções os clubes devem seguir o mesmo princípio e tomar decisões com base em dados.
A BASE DE INFORMAÇÕES SECUNDÁRIAS PODE E DEVE SER CAMINHO A SEGUIR