NÚMERO DE GOLOS AFETOU TEMPO ÚTIL
No Dragão e em Braga houve boa pontaria, mas nem por isso se jogou muitos minutos...
çNa ronda inaugural do campeonato foram os duelos com mais golos (FC Porto-Marítimo e Sp. Braga-Sporting) os que tiveram menos tempo útil jogado (50.37 minutos no Dragão) ou menor percentagem de tempo jogado (50,16% no Minho), conclui-se através da análise aos dados fornecidos pela Liga. Este facto, improvável a priori, explica-se pelas várias interrupções para festejar os golos, mas também pelas intervenções do VAR que, na Pedreira, serviram para confirmar a anulação de um
O SANTA CLARA-CASA PIA FOI O ÚNICO JOGO DA RONDA SEM GOLOS, MAS TAMBÉM AQUELE ONDE SE JOGOU MAIS (61,7%)
golo aos minhotos e para reverter um penálti (mal) assinalado a favor dos leões.
No pólo contrário estiveram os duelos Portimonense-Boavista (mais tempo útil, 60.04 minutos) e Santa Clara-Casa Pia (maior percentagem de tempo jogado, 61,7%). No Algarve, recorde-se, só existiu um golo e, nos Açores, ocorreu o único nulo da ronda. Um registo pouco significativo de faltas (24 e 27, respetivamente) também terá contribuído para que se visse mais futebol, mas no Dragão houve igualmente 24 infrações e o mesmo número da cantos (8) de Portimão, bem como menos lançamentos laterais (43 contra 55) e as diferenças no tempo útil e na percentagem de tempo jogado foram evidentes.
O golo é a essência do futebol e nos últimos anos muito se tem discutido sobre o tempo útil de jogo para que, aumentando esse valor, seja possível ter partidas com mais remates certeiros ou, pelo menos, com maior probabilidade de os ver. Mas, aparentemente, o elevado número de golos também pode contribuir para que se jogue menos.
A Liga Bwin, segundo o estudo recente do ‘CIES Football Observatory’, surge num modesto 25º lugar (entre 36 provas europeias) na média de tempo útil jogado. Os 57.09 minutos surgem abaixo da média europeia (59 minutos) e ainda mais distante dos 61.58 da Eredivisie holandesa.
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