“Dignificámos o nosso clube”
O golo cedo condicionou a estratégia do Mafra?
– O FC Porto entra sempre muito bem nos jogos e marca cedo para condicionar o que as equipas adversárias iam fazer. Tentámos ser uma equipa com uma reação forte à perda e a condicionar a primeira fase de construção. Infelizmente, marcaram de canto. Se o 0-0 tivesse durado mais, poderíamos ter enervado mais o FC
Porto. Mas os meus jogadores dignificaram o clube, deram tudo pelo emblema que vestiram. Se fizéssemos o 2-1, iríamos criar alguma instabilidade. Tivemos oportunidades para o fazer, mas batemos na ineficácia ofensiva que já nos acontece na 2ª Liga. Não fizemos e o FC Porto fez o 3-0 que matou as nossas aspirações.
“É SEMPRE ESPECIAL JOGAR CONTRA O FC PORTO. FOI O CLUBE QUE ME CRIOU, QUE FEZ DE MIM O HOMEM QUE SOU”
– Acabou por não retirar a identidade da equipa...
– Seria fácil para nós abdicar do nosso ADN. Satisfeito não estou, porque fico com azia sempre que perco, independentemente de jogar bem ou mal. Hoje, dificilmente vou dormir, porque lido muito mal com a derrota.
– O seu pai, o seu filho e o próprio Ricardo jogaram no FC Porto. Foi uma noite especial?
– É sempre especial. Foi o clube que me criou, que fez de mim o jogador que eu fui e também o homem que sou, porque fiz parte da formação do FC Porto. É dignificante para mim defrontar a minha casa-mãe.
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