A sobriedade de Schmidt
O arranque de temporada do Benfica é impressionante mas Roger Schmidt mantém-se como o paradigma da sobriedade. Os sinais de felicidade transparecem, o sorriso é espontâneo, mas o alemão rejeita ser ídolo e sabe que os 23 jogos sem perder e a carreira notável na Liga dos Campeões não conseguem, por si só, carimbar uma temporada de sucesso. Esse estatuto será conferido pelos títulos, os tais que tanta falta têm feito nas vitrinas da Luz. O metódico Schmidt percebe que o pós-Mundial é terreno desconhecido, logo imprevisível, e não quer correr riscos. Os rivais que ainda aspiram à aproximação na tabela estão de olho no facto de as águias retomarem a atividade, entre dezembro e janeiro, visitando o Sp. Braga e recebendo o Sporting logo a seguir ao Portimonense. Desafios que podem relançar o campeonato, é certo, mas que também serão motivadores para este Benfica que teima em não baixar a guarda.
O próprio Rafa acabou com a novela antes da mesma voltar aos ecrãs, renunciando à Seleção quando pressentiu que seria chamado por Fernando Santos para coadjuvar um elenco onde Bruno Fernandes, Bernardo Silva, Rafael Leão e Cristiano Ronaldo serão titulares por decreto. Schmidt deu uma ajuda e arquivou o que restava da quimera do regresso do velocista às quinas.