Record (Portugal)

SAMUEL MARQUES “Proeza foi de todo o grupo”

Autor do pontapé que (re) colocou Portugal no Mundial reparte os louros com os colegas

- RÂGUEBI SÉRGIO LOPES

çDisse-o assim que terminou o jogo com os EUA, na sexta-feira, e insistiu ontem na ideia. Samuel Marques não sentiu “qualquer pressão adicional” no momento de chutar aos postes a penalidade que valeu o empate 16-16, na bola de jogo, e colocou Portugal novamente no Mundial. “Não pensei nas consequênc­ias do resultado do chuto. Pessoalmen­te, não fiz nenhuma proeza. A proeza conseguimo-la todos juntos: equipa técnica, jogadores e todos os que acreditara­m em nós”, disse a Record o médio de formação. Marques, de 40 anos, começou a representa­r os Lobos em 2012, numa vitória (35-22) no Uruguai, mas não tinha qualquer ligação a Portugal antes de começar a jogar pela Seleção, para além do seu pai, natural de Vila Nova de Famalicão. Assume-o, sem complexos, mas recorda “o jogo contra a Nova Zelândia”, no Mundial de 2007, e revela estar “ansioso por representa­r Portugal no Mundial”. “Se é o momento mais alto da minha carreira? Sim, claramente. Para qualquer jogador de râguebi, participar num Mundial é um momento incrível”, disse o jogador nascido em Condom, que no Top 14, principal escalão francês, já represento­u o Section Paloise, o Stade Toulousain e o Brive. Em 2021 ingressou no Carcassone, da ProD2, e regressou à seleção portuguesa depois de uma ausência de oito anos, pela mão do selecionad­or. “A chegada do Patrice Lagisquet influencio­u, claramente, o meu regresso. Pela experiênci­a dele e pelo projeto que me apresentou para a Seleção. Ele ganhou a sua aposta”.

Lagisquet determinan­te

E se Samuel Marques assumiu que o projeto apresentad­o pelo treinador francês foi determinan­te para o seu regresso à seleção, o papel do ‘Express de Bayonne’ não foi menos importante na formação de “um excelente grupo, excelente mistura entre lusodescen­dentes e jogadores nascidos e formados em Portugal”, frisou o capitão da seleção, Tomás Appleton. “Teve um papel fundamenta­l nisso porque conseguiu captar alguns jogadores e criar um projeto aliciante para os jogadores dos campeonato­s que estão um bocado mais acima. Foi decisivo para o nosso sucesso”, apontou o centro do CDUL, sem dúvidas em afirmar que “existem algumas diferenças” a nível competitiv­o entre as duas realidades.

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INTERNACIO­NAL É UM DOS OITO JOGADORES QUE DISPUTOU A REPESCAGEM NO DUBAI QUE NÃO NASCEU EM PORTUGAL

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CERTEIRO. Samuel teve pontaria na última jogada frente aos Estados unidos

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