Record (Portugal)

Paz para Ronaldo

- Sérgio Krithinas DIRETOR ADJUNTO

De forma surpreende­nte, Cristiano Ronaldo surgiu na conferênci­a de imprensa de ontem. Fez bem. Desta vez, não se refugiou no conforto das perguntas fáceis do amigo Piers Morgan, submetendo-se a um escrutínio mais global e independen­te. O apelo a que deixassem de fazer perguntas sobre ele aos colegas, por bem-intenciona­do que fosse, não fez grande sentido, até porque nunca disse estar incomodado com isso quando as perguntas eram sobre os seus feitos e recordes. Houve, porém, algumas ideias interessan­tes, entre as quais uma se destacou: “Mesmo que não conquistas­se mais nenhum título até ao final da minha carreira, ficaria contente.”

Com esta frase, o que vemos é um CR7 a olhar em paz para o fim da carreira,

consciente de que aquilo que fez é mais do que suficiente para lhe dar o estatuto de melhor jogador da história do futebol português e um dos melhores da história. Mas tem sido precisamen­te esta atitude que lhe tem faltado nos últimos meses: desde o regresso a Manchester que parece sempre sentir-se acossado com as críticas, com uma permanente necessidad­e de responder, dentro e (sobretudo) fora de campo. Se estiver em paz, percebendo que não é o mesmo de há 10 anos, Cristiano Ronaldo será sempre melhor jogador e pessoa.

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