“Franco Israel precisa de caráter e técnica”
O último guardião uruguaio a defender a baliza leonina espera ver o jovem triunfar
Rodolfo Rodríguez foi o último uruguaio a defender a baliza do Sporting até à chegada de Franco Israel já na presente temporada, e não tem dúvidas em garantir que “é difícil”ser dono desse posto em Alvalade. “O Franco Israel precisa de caráter e técnica”, afirma o antigo jogador, hoje com 66 anos, numa conversa com Record, durante a qual recorda as experiências vividas na temporada 1988/89. “Um novo guarda-redes precisa de caráter e técnica. Depois também necessita de treinadores a acompanhá-lo pois a baliza do Sporting é difícil”, reforça o sul-americano que chegou com a pesada responsabilidade de fazer esquecer o carismático Vítor Damas: “Era uma lenda com um nome muito grande e eu cheguei para ocupar o lugar dele. A minha passagem foi boa mas, nessa altura, o clube tinha problemas políticos e económicos que depois se refletiam no plano desportivo. Não é fácil também pela exigência da massa associativa, e espero que o Franco Israel possa cumprir as expectativas do clube e dos adeptos”.
Escola do Nacional
Franco Israel destacou-se na formação do Nacional antes de rumar à Juventus, curiosamente o mesmo clube uruguaio onde Rodolfo se começou a destacar. No Sporting, após o domínio de Rui Patrício, o clube voltou a estabilizar este setor com a chegada
de Adán, e o antigo internacional uruguaio não tem dúvidas de que este poderá ser o maior perigo para o camisola 12. “Pela minha experiência posso dizer que nas equipas grandes há sempre guarda-redes que fazem história, e são estes que ficam marcados na memória dos adeptos dificultando depois a sua sucessão. No meu tempo esteve o Vítor Damas e, mais recentemente o Rui Patrício. Às vezes quem chega é superior tecnicamente mas é o outro que continua na memória”, explica.
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