“Temos de ser muito, muito bons”
Engenheiro acha que Portugal ‘só’ tem sido “muito bom” e quer nota artística presente, mas de forma a que a equipa cresça
Apetecia a Fernando Santos falar de bola e só de bola no lançamento do Portugal-Uruguai de hoje, no Lusail, palco da final do Mundial, e como lhe apetecia assim tanto... não se fez rogado: questionado, a abrir, sobre as dificuldades do apuramento rumo à prova qatari, o selecionador vincou que são “situações perfeitamente normais” e que “o importante é sempre aquilo que fazemos no jogo seguinte”. Aí, quer nota artística, a mesma que
“OS JOGADORES TÊM LIBERDADE TOTAL, MAS SABENDO QUE TÊM DE DEFENDER, DE SE REORGANIZAR, DE PRESSIONAR SEM BOLA”
viu os lusos apresentarem com Nigéria e Gana, mas também equilíbrio a defender bem. “É preciso segurança”, atirou, exigindo melhorias visíveis. “Os jogadores têm capacidade para fazer isso, para sermos muito, muito bons, dado que com a Nigéria e com o Gana só fomos muito bons. Os jogadores têm liberdade total, mas sabendo que têm de defender, de se reorganizar, de pressionar quando perdem a bola... Independentemente de número ou nome. Sei que estamos a evoluir neste plano, sinto nas conversas que tenho com os jogadores, mas não podem ser matraquilhos [jogarem na mesma zona]”, sublinhou, com confiança: “Sei que a resposta será cada vez melhor.” Tempo então de passar à celeste, que em 2018 tirou Portugal do Mundial da Rússia. “Com a mesma matriz”, destaque para Cavani e Suárez, “com mais 5 anos e menos potentes”, mas com outros nomes, casos de Darwin ou de Fede Valverde, médio do Real: “Têm uma estratégia em que trocam a bola e esperam pelo adversário, para o embalar. Em 2018, ganharam mas podiam ter perdido. Será um grande jogo e que agora corra bem para nós.” *
“URUGUAI TEM ESTRATÉGIA QUE EMBALA O ADVERSÁRIO. EM 2018 PODIA TER PERDIDO. QUE AGORA CAIA BEM PARA PORTUGAL”