DÍVIDA DE GRATIDÃO NÃO APAGA AS ORIGENS
Mauricio Moreira, ciclista uruguaio vencedor da Volta, está algo dividido, mas torcerá pelo seu país
Perseguir um sonho é sinónimo, não raras vezes, de muito sacrifícios. Em muitas casos, significa até largar tudo, trocar o certo pelo incerto e embarcar em novas aventuras. Foi isso, no fundo, que fez Mauricio Moreira. Uruguaio de nascença, já esteve no Brasil, em Espanha e agora vive em Portugal, onde venceu a
DEDICATÓRIA LUSA
Mauricio Moreira guarda em casa uma bandeira lusa com dedicatória. “Obrigado, Mauricio, o rei da estrada. Portugal te ama”, pode ler-se. última Volta a Portugal pela Glassdrive-Q8-Anicolor. Na antecâmara do Portugal Uruguai, Record procurou saber como está o coração do ciclista. Dividido? Sim, mas a pender para o país que o viu nascer, claro está. “O Uruguai teve uma fase difícil, na mudança de geração, mas hoje está bem. Portugal sabemos que tem boa equipa. Tenho as duas bandeiras... Quem ganhar, tiro essa para fora. Mas espero que ganhe o Uruguai”, assume.
Ainda assim, a gratidão que tem por Portugal leva Mauricio Moreira a ter a seleção das Quinas como segunda preferência. “Logicamente, se ganhar alguém
“MUNDIAL? SE NÃO GANHAR O URUGUAI, GOSTAVA QUE FOSSE PORTUGAL. FICAVA CONTENTE”, GARANTE
que não seja o Uruguai, gostava que fosse Portugal. Ficava contente”, garante. Uma escolha que se explica pela forma como foi recebido
em Portugal. “Sinto-me muito acolhido pelas pessoas de Portugal. Desde o primeiro dia, não só por ter ganho a Volta. E até é algo que já falei com a minha namorada. Mesmo que se calhar no futuro não esteja numa equipa de cá, gostava de continuar por aqui”, conta.
As natas e as francesinhas
A adaptação de Mauricio a Portugal corre às mil maravilhas e já há hábitos que o ciclista ‘herdou’, como o gosto pelos pastéis de nata e pela francesinha.
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