TRUNFOS DÃO BRILHO A UM BELO CLÁSSICO
E Num jogo louco, golos de Morata e Füllkrug, ‘jokers’ desde o banco, deixam tudo em aberto
Num clássico que podia perfeitamente figurar como a final do Mundial, Espanha e Alemanha não deixaram os créditos em mãos alheias e proporcionaram ao público um espetáculo para recordar. É que este duelo – que terminou igualado e deixa tudo em aberto para a derradeira jornada – teve de tudo. Desde golos anulados por fora-de-jogo até lances duvidosos nas áreas e ainda defesas de registo, além do ingrediente principal: golos. E estes, apesar de terem demorado a surgir, já que na 1ª parte só houve dois remates no alvo para cada seleção, vieram pelos pés... dos jogadores menos expectáveis. Na 1ª parte um golo não ficava nada mal, até porque Dani Olmo atirou à barra logo a abrir (7’) e Ferran assustou perto da baliza, com La Roja intensa a empurrar uma Alemanha que soube reerguer-se. Rüdiger ainda celebrou um golo, anulado por fora-de-jogo, além de Gnabry ter acordado Unai Simón que, aqui ou acolá, errou no passe, criando chances para o rival, mas na etapa complementar a história foi um pouco diferente.
Com alternância no domínio territorial e um jogo algo amarrado, os técnicos chamaram os jokers que responderam à altura. Primeiro, Luis Enrique lançou o patinho feio Morata, que não se fez rogado e abriu o marcador, respondendo na perfeição ao cruzamento de Alba. O ala esteve em destaque, só que quando saiu, a asa esquerda foi aproveitada
“FALHOU A SAÍDA DE BOLA NO GOLO. SOMOS LÍDERES E HÁ CONFIANÇA. VAMOS PARA GANHAR O ÚLTIMO JOGO” LUIS ENRIQUE, sel. de Espanha
“A EQUIPA LUTOU ATÉ AO FIM. O EMPATE É JUSTO E DÁ-NOS MORAL PARA O FUTURO, MAS DEMOS APENAS UM PASSO” HANSI FLICK, sel. da Alemanha
pelos germânicos. Através de Musiala, jovem mas sempre a gizar bem as jogadas de perigo de fora para dentro, a Mannschaft cresceu e beneficiou de sangue fresco vindo do banco: Sané desequilibrou e Füllkrug foi o ‘panzer’ na área. Numa jogada às três tabelas, com Sané na condução, Musiala no passe e Füllkrug a finalizar, o camisola 9 fuzilou Simón para a igualdade. Um desfecho que se ajusta ao que sucedeu num espetáculo em que o bilhete valeu bem a pena.
*