ACADEMIA PRESTES A AVANÇAR NA MAIA
Projeto pensado para São Mamede de Infesta caiu por terra, mas já há alternativa pensada
A construção da academia do FC Porto, um dos principais objetivos de Pinto da Costa para este mandato, vai avançar na Maia. A revelação foi feita na Assembleia Geral do clube, que se realizou ontem à noite, onde foi ainda confirmado que o projeto que estava previsto para São Mamede de Infesta caiu por terra. Os motivos, segundo apurou Record, prendem-se com o facto de os terrenos que iam ser cedidos ao FC Porto pela Câmara Municipal de Matosinhos não terem obtido o estatuto de utilidade pública, o que acabou por hipotecar a possibilidade.
Agora, a Câmara Municipal da Maia tem um terreno de grandes dimensões disponível e Fernando Gomes, vice-presidente do clube e administrador da SAD, anunciou que o arranque das obras só está dependente da conclusão do plano de pormenor que está a cargo do arquiteto Manuel Salgado, autor dos projetos do Estádio do Dragão e do pavilhão Dragão Arena. Além disso, foi ainda revelado que existe um investidor disponível para custear o projeto, ficando os dragões a pagar uma renda durante 20 anos. O objetivo é que esta decisão se torne irreversível durante o atual mandato da direção, ou seja, no máximo até 2024. De recordar que em julho deste ano, Pinto da Costa sublinhou que a construção de uma academia era “uma necessidade grande”, sem que na altura tenha falado num local em concreto. “Estamos a trabalhar afincadamente nele. É a obsessão da minha equipa diretiva”, referiu na altura.
Prémios ‘congelados’
Numa AG em que os pontos em discussão e votação foram todos aprovados pela larga maioria dos associados presentes, ficou ainda a saber-se que os prémios de performance não foram reconhecidos no exercício relativo à época 2021/22. Fernando Gomes avisou também que a guerra que se vive na Ucrânia vai trazer consequências muito gravosas para o equilíbrio financeiro da SAD, uma vez que os custos financeiros vão disparar por causa do aumento das taxas.
De resto, os resultados positivos em mais de 20 milhões de euros passaram sem votos contra e com apenas cinco abstenções. A proposta da atualização da quota sénior para 12 euros, da júnior para 4 euros e a anuidade dos sócios correspondentes para 30 euros também foi igualmente aceite pela maioria dos presentes, com quatro votos contra e 15 abstenções.
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ARRANQUE DAS OBRAS DEPENDE DA CONCLUSÃO DO PLANO DE PORMENOR, A CARGO DO ARQUITETO MANUEL SALGADO