Record (Portugal)

O pesadelo dos 9 pontos

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O terceiro jogo do Mundial tem sido um pesadelo para as seleções já apuradas, ou perto disso, que procuraram rodar um pouco as equipas. Portugal entrou para este jogo com seis alterações, fazendo alterações em todos os sectores, excepto o guarda-Redes. Apesar das alterações, a ideia manteve-se semelhante, na sua génese posicionav­am-se num 4x2x3x1, com Vitinha a juntar a Rúben Neves num duplo pivot e Matheus Nunes como médio ofensivo, João Mário como extremo esquerdo, Horta direito e Ronaldo na frente. Defensivam­ente esta dinâmica alterava-se em alguns momentos para 4x4x2, com Matheus a juntar-se a Ronaldo e Vitinha e Neves subiam, formando uma linha de quatro.

Aseleção da Coreia,ao contrá-rio do que aconteceu nos outros jogos deste Mundial optou por entrar num bloco médio alto, dando muita liberdade a Portugal na primeira fase de construção. Esse posicionam­ento foi aproveitad­o pela Seleção, com os centrais a terem espaço para a construção, que por vezes era a 2, ou a 3 com a ajuda de um dos laterais, ou um dos médios a baixar. Este posicionam­ento ofensivo permitiu a Portugal criar situações de superiorid­ade no corredor, uma vez que os laterais se projetavam e os extremos portu- gueses estavam por dentro crian- do a dúvida nos laterais coreanos. Foi desta forma que Portugal criou as melhores ocasiões na 1ª parte e chegou ao golo [1]: Dalot aberto no corredor, Horta faz o movimento interior e finaliza.

A Coreia ofensivame­nte principalm­ente em organizaçã­o, demonstrou menos qualidade do que nos jogos anteriores, mas Portugal teve dificuldad­es em fe- char o espaço entrelinha­s, com a linha defensiva muito baixa, deixando os médios longe, algo aproveitad­o para remates d e longe. Outra dor de cabeça da sele- ção, foi a bola parada ofensiva, mais concretame­nte os cantos. Antes do golo e num canto curto

[2], a Coreia já tinha ameaçado, notando-se que Portugal sentia algumas dificuldad­es a defender estes lances. A seleção no canto, apenas retirou 1 jogador da área para impedir o canto curto e foi fácil para a equipa de Paulo Bento efetuar o cruzamento­s.

O 2-1 surge de um lance em transição ofensiva, após um canto, em que Portugal tem os jogadores do equilíbrio, muito longe do alvo de transição [3] e isso permitiu que Son tivesse muito espaço para depois assistir para o golo.

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