Record (Portugal)

Um Mundial particular

- Chakall Chef de cozinha

çCada vez que chega um Mundial, tudo pára. Nasci na Argentina, um país onde o futebol é religião, e hoje vivo noutro, Portugal, onde todos os domingos vamos ‘à missa’ ver os jogos. Na minha humilde visão, este tem sido um Mundial muito particular, onde todos os grandes perdem. Já sei o que vão dizer: “E a Inglaterra?” Mas eu referi os grandes...

A Argentinac­omeçou de chuteiras trocadas

no primeiro jogo. O que faltou foi precisão. Precisão nos passes, precisão no momento de dominar a bola e, sobretudo, nos ressaltos. Quando a bola ressalta e cai sempre nos pés do rival, temos um problema. No jogo a seguir, o problema de precisão continuou. Mas o México nunca quis ganhar o jogo ou, então, nunca acreditou.

No jogo com a Polónia,

só existiu uma equipa em campo, o que torna muito difícil ter a perceção real do nível da seleção da Argentina. A Polónia, jogando como jogou, não merece estar num Mundial. Tem um futebol triste, defensivo e lento. Basicament­e tem um extraordin­ário guarda-redes e um grande ponta-de-lança.

Agora começa o mata-mata

e Messi quer o seu Mundial. Ele não tem estado mal, mas também não tem estado ao seu nível embora tenha ganho moral ao fazer a diferença contra o México. A Alemanha está fora, Itália perdeu o avião, França, Portugal e Espanha perderam um jogo, por isso tudo é possível. Equipas menores podem ganhar um jogo num dia bom. Faltam quatro jogos, quatro finais e, se calhar, Portugal e Argentina encontram-se. Vamos desfrutar!

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